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Em dia decisivo para o Marco Temporal, Lula se reúne com Guajajara

Lula recebe Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, no último dia para vetar ou sancionar o PL do Marco Temporal

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
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1 de 1 imagem colorida lula e sonia guajajara -metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

No último dia para tomar uma decisão sobre a sanção do Projeto de Lei que institui a tese do Marco Temporal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, nesta sexta-feira (20/10), com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, no Palácio da Alvorada.

O mandatário tem até o fim do dia para se manifestar sobre a matéria aprovada no Congresso Nacional após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter considerado o Marco Temporal inconstitucional. O presidente pode sancionar o projeto integralmente, sancionar com vetos, ou vetá-lo na íntegra.

Além de Guajajara, participam da reunião o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o Secretário Geral para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima.

Lula teve 15 dias para apreciar o texto, aprovado no Congresso. Se o mandatário não se manifestar, a lei será sancionada automaticamente.

A tese do Marco Temporal prevê que só podem ser demarcadas Terras Indígenas de povos que possam provar que ocupavam o território na época da promulgação da Constituição, em 1988. O STF, porém, decidiu que o princípio não existe na Constituição e nem pode ser inferido a partir do texto constitucional.

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Cacique Raoni e Lula
Indígenas no Supremo Tribunal Federal em maio de 2023
Indígenas em frente ao Supremo Tribunal Federal STF durante a votação do Marco Temporal
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A ministra Sonia Guajajara

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Indígenas no Supremo Tribunal Federal em maio de 2023

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Indígenas em frente ao Supremo Tribunal Federal STF durante a votação do Marco Temporal

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Queda de braço

A divergência sobre o Marco Temporal ocupa o primeiro escalão do governo. Alexandre Padilha, titular das Relações Institucionais, afirmou no início da semana que aguarda o posicionamento das demais pastas, e previu uma reunião do governo “para tomar uma decisão final”.

Padilha demonstrou ainda insatisfação com a proposta ao citar os “penduricalhos que agridem, inclusive, terras já demarcadas e identificadas como terras indígenas”, mas não falou em veto.

Os ministros que deverão recomendar a rejeição total do projeto são: Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), em acordo com a demanda das lideranças indígenas. Carlos Fávaro (Agricultura) havia apoiado o Marco Temporal, mas recuou após a decisão do STF sobre o tema.

A certeza do governo é de que qualquer decisão sobre o texto vai afetar a relação com o Congresso ou com o Supremo; portanto, o Planalto trabalha em um posicionamento para evitar crises e desgastes.

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