Em dia de ação da PF, PSol faz ato por arquivamento do PL da Anistia
Partido já protocolou na semana passada o pedido de arquivamento. Decisão é única e exclusiva do presidente da Câmara
atualizado
Compartilhar notícia
A bancada do PSol realizou nesta terça-feira (19/11) um ato na Câmara dos Deputados em que voltou a defender o arquivamento do PL da anistia. O projeto de lei tem o objetivo de anistiar quem participou ou financiou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
A data da manifestação do partido coincidiu com a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada para prender agentes suspeitos de querer dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022.
O grupo é acusado de planejar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O PSol já protocolou na semana passada o requerimento de arquivamento da proposta da anistia. A decisão de arquivar ou não a proposta cabe exclusivamente ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que pode também não decidir nada. Lira está na sua reta final no comando da Câmara e não deve se envolver em temas espinhosos nesse período final de presidente.
Durante o ato, parlamentares disseram que a operação da PF desta terça é a “maior” até agora de todas as já feitas e que envolvem as investigações de tentativa de golpe de Estado. Na manifestação, deputados pediram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado neste ato como o “líder dos golpistas”.
Durante o evento, o deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ) estendeu um cartaz com a parte superior expondo a capa do filme “Ainda Estou Aqui” e a parte inferior com a imagem de uma pessoa com a farda do exército com o dizer “nós também”, em referência aos militares.
Veja a imagem:
O ato foi realizado em frente a estátua do deputado Rubens Paiva, cassado e morto no período da ditadura militar no Brasil.