metropoles.com

Moraes autoriza silêncio de Naime em CPI do 8/1, mas coronel apresenta atestado e não vai

STF autorizou coronel Naime a ficar em silêncio em questões que possam levar à autoincriminação. Militar alega depressão e não vai depor

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Foto-coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (1)
1 de 1 Foto-coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (1) - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime a ficar em silêncio em questões que possam levar à autoincriminação  na CPI que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília. O depoimento do coronel Naime está marcado para acontecer nesta segunda-feira (26/6), às 14h.

O Metrópoles, no entanto, confirmou com interlocutores de Naime que ele não vai comparecer à oitiva. Será apresentado à comissão um atestado psiquiátrico de depressão horas antes de o colegiado se reunir.

A decisão acatou parcialmente o pedido da defesa do coronel à Suprema Corte para que Naime não fosse obrigado a comparecer à CPI do 8/1. A solicitação de salvo-conduto, segundo os advogados, visa evitar que o oficial da PMDF sofra “constrangimentos” emanados por parte dos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, realizada no Congresso Nacional.

“A testemunha tem o dever de se manifestar sobre os fatos e acontecimentos relacionados ao objeto da CPMI ligados ao exercício da sua função pública que então exercia, devendo, contudo, ser assegurada a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em prejuízo ou em sua incriminação”, escreveu Moraes, em decisão.

Prisão

Naime foi preso preventivamente em 7 de fevereiro, na quinta fase da Operação Lesa Pátria. Ele e outros policiais detidos pela PF são investigados devido à atuação no dia dos atentados terroristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Conforme apurou o Metrópoles, a prisão foi um dos fatores que tem contribuído para o “abalo” psicológico de Naime.

Em maio, o ministro Alexandre de Moraes negou pedido da defesa do coronel e manteve a prisão de Naime. Como ele segue detido, é necessário organizar uma logística para viabilizar o depoimento na CPI.

Jorge Eduardo Naime era chefe do Departamento de Operações (DOP) da PMDF e estava de folga em 8 de janeiro, sendo substituído dias antes pelo coronel Paulo José Ferreira. No dia dos atos antidemocráticos, Naime chegou a ir à Esplanada dos Ministérios, prendeu manifestantes e foi ferido por um rojão.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?