Em depoimento, Jefferson diz ter dado 50 tiros contra policiais
O ex-deputado também relatou ter jogado três granadas contra os agentes da PF. “Se quisesse, matava”, afirmou
atualizado
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Preso em flagrante por tentativa de homicídio, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) disse, em depoimento à Polícia Federal (PF), que deu cerca de 50 tiros na viatura da PF e jogou três granadas contra a equipe de agentes que foi até sua casa nesse domingo (23/10).
Jefferson ainda afirmou que a intenção era atingir a viatura, e não os policiais. “O interrogado respondeu que […] se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil com mira […] que jogou três granadas, uma na frente da viatura, uma atrás da viatura quando os policiais saíram e uma dentro de casa para assustar o policial que estava dentro da residência”, diz trecho do depoimento.
O ex-deputado ainda reforçou várias vezes no depoimento que “não tinha intenção de se render” e “só sairia de lá morto”.
Mesmo com registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) irregular, Jefferson afirmou que já teve mais de 100 armas, mas, atualmente, mantém um arsenal entre 20 e 25 armas. Segundo ele, as armas estão em um hotel em Brasília e foram compradas legalmente “no mercado”.
Veja o depoimento:
Prisão
O ex-parlamentar foi detido nesse domingo (23), após atirar contra policiais federais. Jefferson está preso em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gerincinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O ex-presidente do PTB foi detido por volta das 19h, após horas de negociação com agentes da Polícia Federal. Ele teve a prisão domiciliar revogada e acabou detido em casa, na cidade de Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro.
Antes de ser preso, Jefferson travou um confronto com agentes da Polícia Federal. Ele atirou contra os policiais, deixando um delegado e uma agente feridos. Além disso, jogou granadas contra as autoridades. Na residência, foi encontrado um arsenal de armas e munições. O ex-parlamentar deve responder por quatro tentativas de homicídio.
Jefferson cumpria prisão domiciliar em Levy Gasparian. Ele é investigado por participação em atos de “organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação e financiamento político com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”, conforme relata o inquérito.