Em depoimento, Bolsonaro nega ter orientado atos antidemocráticos
Afirmação foi dada durante depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal sobre suposto esquema de fraude em cartões de vacinação
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha participado, apoiado ou orientado atos de insurreição ou subversão contra o Estado de Direito. A afirmação foi feita durante depoimento do ex-mandatário à Polícia Federal nesta terça-feira (16/5) no âmbito da investigação que apura possível esquema de fraudes em cartões de vacinação.
“Respondeu que não tem conhecimento, mas duvida que Mauro Cid tenha dado reforço para as referidas pautas”, diz trecho do depoimento de Bolsonaro. Para o ex-presidente, Cid é um “militar disciplinado e que jamais compactuaria com atos subversivos”.
Sobre o ex-major do Exército Ailton Barros, preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito desta investigação, Bolsonaro afirmou que ele também não teria participado da preparação para um golpe de Estado. Para o ex-presidente, Ailton não “possui liderança para arregimentar pessoas para qualquer ato”.
Depoimento
Sobre o certificado de vacinação emitido diretamente do Palácio do Planalto antes de Bolsonaro embarcar para o autoexílio em Orlando (EUA), no início da tarde de 30 de dezembro, o ex-mandatário diz que não sabe quem fez a emissão.
Sobre o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, que alegou em um áudio a Mauro Cid saber quem assassinou a vereadora Marielle Franco, Bolsonaro afirmou que o conhece há 20 anos e que Cid nunca relatou o comentário de Ailton sobre a vereadora a ele.
O ex-presidente ainda relatou que nunca conheceu o secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha, preso por falsificar os registros de vacinação de Jair Bolsonaro (PL).