Em depoimento à PF, Joesley mantém versão sobre encontro com Temer
Conversa gravada entre o executivo e o presidente da República revelaria que a JBS pagava pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB)
atualizado
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Joesley Batista, um dos donos da JBS, depôs na manhã desta sexta-feira (16/6) à Polícia Federal no inquérito que investiga o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-assessor especial do peemedebista, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
O empresário, delator da Operação Lava Jato, reforçou o que disse anteriormente: “Apenas a verdade dos fatos, ou seja, o que já foi dito e provado” à PF, de acordo com a defesa do empresário. As informações são do G1.
Batista gravou uma conversa com o presidente Michel Temer na qual o empresário dizia estar pagando pelo silêncio do ex-deputado e ex-presidente de Câmara Eduardo Cunha (PMDB), preso em Curitiba (PR). Nos áudios, Temer é gravado falando: “Tem que manter isso, viu?”. O Palácio do Planalto alega que o trecho da gravação está inaudível e fora do contexto. A Polícia Federal faz perícia nos áudios.
Segundo Joesley Batista, dono do grupo JBS, o ex-assessor de Temer, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, foi indicado pelo próprio presidente como interlocutor nos temas de interesse dos executivos do grupo. Após Temer indicá-lo como pessoa de confiança, foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo do grupo.
Loures foi filmado pela PF ao sair de uma pizzaria em São Paulo enquanto carregava a mala com a propina da JBS — 10 mil notas de R$ 50. Ele está preso em Brasília, por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).