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Em delação, Élcio disse não saber quem era Marielle antes de execução

Ex-PM dirigiu carro usado no crime, enquanto Ronnie Lessa atirou no veículo em que estavam Marielle, Anderson Gomes e assessora

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Marielle Franco na Câmara Municipal Polícia Federal Zico Bacana
1 de 1 Marielle Franco na Câmara Municipal Polícia Federal Zico Bacana - Foto: Renan Olaz/CMRJ

O ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de participar da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, alegou não conhecer a parlamentar antes do crime.

Élcio revelou detalhes do dia dos assassinatos em delação premiada obtida pelo Metrópoles nesta segunda-feira (24/7). O ex-PM teria dirigido o Chevrolet Cobalt usado na execução, enquanto o ex-policial reformado Ronnie Lessa atirou com uma submetralhadora MP5 no Chevrolet Agile branco onde estavam Marielle, Anderson e a assessora Fernanda Chaves, única sobrevivente.

Lessa chamou Élcio para a execução na manhã do dia do crime, em 14 de março de 2018. Apenas durante o deslocamento até a Casa das Pretas, onde estava Marielle, Lessa teria revelado ao ex-PM quem era o alvo do “trabalho”.

Élcio afirmou, porém, que não sabia quem era a vereadora. Ele teria questionado Lessa se o motivo era financeiro, o que foi negado, dizendo ser “algo pessoal”. Apesar de ter acreditado no momento, Élcio ressaltou que depois da execução desconfiou que o crime teria sido por dinheiro e que a negativa de Lessa havia sido para “não lhe pagar pelo serviço”.

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Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi expulso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro
Marielle Franco
Marielle era vereadora e defendia direitos humanos
A vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018
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Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de matar Marielle Franco

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Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi expulso do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro

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Marielle Franco

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Marielle era vereadora e defendia direitos humanos

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A vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018

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A vereadora defendia pautas de direitos humanos, defesa da mulher e da comunidade LGBT

Mário Vasconcellos/CMRJ

Acusados madrugaram em bar após execução

Em fuga, os dois deixaram o carro perto da casa da mãe de Lessa, no bairro do Méier, e pegaram um táxi no mesmo lugar até a Barra da Tijuca. A dupla foi deixada no local em que Lessa havia estacionado seu carro, uma Range Rover Evoque preta.

Os dois seguiram para o bar Resenha, na avenida Olegário Maciel, também na Barra da Tijuca. No local, se encontraram com o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, sua companheira Aline e um bombeiro identificado como “Assis”.

De acordo com as investigações, Suel auxiliou Lessa na preparação para o crime e realizou, por exemplo, campanas para observar a vereadora. Houve, inclusive, uma tentativa anterior de assassinar Marielle, em que Suel teria alegado falha mecânica no veículo que dirigia, o que suspendeu a operação.

Quando Lessa e Queiroz chegaram ao bar, o crime já era anunciado nas televisões do local. De acordo com Élcio de Queiroz, Suel teria comentado com Lessa: “Eu sabia que eram vocês”. Com o avançar das horas, Aline foi embora e apenas os três passaram a madrugada no local, ficando embriagados.

Operação Élpis

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã desta segunda-feira (24/7), a Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, e sete mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e região metropolitana.

Maxwell Correa foi expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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