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Em cúpula uruguaia, Lula tentará salvar acordo Mercosul-União Europeia

Presidente Lula faz acenos para a conclusão do acordo Mercosul-UE, que está em tratativa há mais de 20 anos

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Ricardo Stuckert/PR
O presidente Lula foi alvo de um plano de assassinato e golpe por militares, apontou a PF.
1 de 1 O presidente Lula foi alvo de um plano de assassinato e golpe por militares, apontou a PF. - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja para o Uruguai, na próxima semana, com a expectativa de ficar ao menos dois dias no país. A visita é em razão da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul em Montevidéu, capital uruguaia. A previsão é de que, na quinta-feira (5/12), o mandatário brasileiro esteja no Uruguai e, na sexta-feira (6/12), deverá participar de uma sessão para presidentes.

A reunião do Mercosul ocorre em momento de elevada expectativa para a retificação do acordo comercial entre o bloco latino-americano e a União Europeia (UE), em tratativa há mais de 20 anos.

Na última semana, Lula apontou para a conclusão do contrato. “Nós vamos fazer o acordo do Mercosul nem tanto pela questão do dinheiro. Vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso, e nós vamos fazer. Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen [presidente da Comissão Europeia] tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta”, destacou.

A maior resistência para a retificação é a França, que recentemente criticou as exportações e a carne do Brasil. O diretor-presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, chegou a dizer que o grupo não compraria mais carne de nações do Mercosul, enquanto o deputado francês Vincent Trébuchet comparou os insumos a “lixo”.

Apesar disso, os países da América Latina seguem esperançosos. Após uma reunião com Lula em Brasília (DF), o presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, falou que estão “otimistas” com o acordo.

Entenda

O termo entre os blocos chegou a ser assinado em 2019, no governo de Jair Bolsonaro (PL), mas ficou sem a ratificação das ambas as partes, e é tido como inválido. Lula, desde o começo do terceiro mandato, negocia para tornar o acordo mais benéfico ao Mercosul, o que seria uma grande vitória na área internacional.

O texto seria para reduzir as barreiras comerciais, tarifárias e não tarifárias das nações, o que aumentaria o comércio e estimularia o crescimento econômico.

Apesar disso, um dos principais obstáculos é a posição contrária de agricultores europeus, que temem ser impactados com a abertura do mercado para países sul-americanos. Pela fragilidade da política interna da Europa, os líderes acabam cedendo e tentam apaziguar o setor mais tradicional da economia.

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