Em Cuba, Lula cobra países ricos por aquecimento: “Dívida histórica”
Durante encontro do G77 + China, o presidente Lula voltou a cobrar dos países ricos o cumprimento de promessas sobre aquecimento global
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar dos países mais ricos o cumprimento de ações referentes às mudanças climáticas e ao consequente aquecimento global, em discurso na Cúpula do G77 + China em Havana, capital de Cuba, neste sábado (16/9).
“Vamos promover a industrialização sustentável, investir em energias renováveis, na sociobioeconomia e na agricultura de baixo carbono. Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global”, declarou Lula em seu discurso, que abriu o encontro.
O G77 + China reúne 134 nações do chamado Sul Global, países em desenvolvimento. Lula também cobrou a necessidade de insistir na implementação dos compromissos nunca cumpridos pelos países ricos.
Ciência e tecnologia
Ainda em seu discurso, o presidente brasileiro defendeu que os países do Sul Global têm condições de ocupar posições de destaque na área de ciência e tecnologia.
Lula citou como exemplo as parcerias do Brasil com a Argentina, para energia nuclear, e com a China, na área espacial, que começaram ainda nos anos 1980.
O presidente e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, desembarcaram no fim da tarde (horário local) de sexta-feira (15/9). Ainda neste sábado, Lula terá uma reunião bilateral com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, no Palácio do Governo de Cuba.
Um dos assuntos que possivelmente deve ser tratado é a negociação da retomada do pagamento de parcelas do financiamento de US$ 658 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse acordo foi firmado nos anos 2010 para a reforma do Porto Mariel, mas Cuba não pagou o Brasil.