Maduro fala com equipe de Lula e quer telefonema entre presidentes
Pedido ocorre após Lula ser apontado como possível mediador da crise política que ocorre na Venezuela
atualizado
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, entrou em contato com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pedir um telefonema entre os dois líderes.
Segundo informações do jornal o Globo, Maduro tentou fazer contato com Lula nessa quarta-feira (31/7). Existe a expectativa de que a ligação ocorra nesta quinta-feira (1º/8), no entanto, o compromisso não foi colocado na agenda oficial do presidente brasileiro.
Conjuntura política
Enquanto isso, no Palácio do Planalto, assessores de Lula reconhecem que o governo vai ficando pressionado pelo tempo — são quatro dias desde a votação na Venezuela. Isso porque o Brasil é apontado por parceiros internacional como um possível mediador da situação na Venezuela — tanto pelo histórico da diplomacia brasileira quanto pela proximidade histórica entre Lula e o regime chavista no país vizinho.
Eleições na Venezuela
Maduro, que é herdeiro político do ex-presidente Hugo Chávez, venceu a disputa contra a oposição, com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), na madrugada de segunda-feira (29/7). A oposição negou a triunfo do chavista, e garantiu que o candidato Edmundo González venceu a eleição com pelo menos 70% dos votos.
Com o aumento da pressão interna e externa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu entregar 100% das atas eleitorais que estão nas mãos de seu partido e, assim, comprovar sua vitória nas eleições do último fim de semana.
Apesar da troca de declarações polêmicas com Lula, em ocasiões recentes, o Brasil é um dos países que mantém a relação mais “estável” com a Venezuela desde o início do período eleitoral.
Ainda na segunda (29/7), Maduro expulsou da Venezuela diplomatas de sete países que lançaram dúvidas sobre o resultado eleitoral que proclamou a reeleição: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
O Brasil, nas horas seguintes, chegou a dizer que só reconheceria o resultado na Venezuela quando as atas eleitorais (o documento com a votação de cada urna) fossem divulgados. Mesmo assim, as relações diplomáticas de Brasil e Venezuela foram mantidas.