Em carta, Roberto Jefferson chama ministros do STF de “abutres”
Preso após divulgar vídeos com ameaças a ministros da Suprema Corte, Jefferson divulgou carta à Jovem Pan
atualizado
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Ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, preso no último dia 13, divulgou carta à Jovem Pan, nessa quarta-feira (25/8), na qual chama os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “abutres”. Jefferson teve a prisão decretada por decisão de Alexandre de Moraes, depois de divulgar vídeos com ameaças aos integrantes da Suprema Corte.
“Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça”, diz Jefferson, no documento.
E continua: “O que dizer a nossos filhos? O quê? Traíram a boa-fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado tematológico de monstruosidades jurídicas”.
No texto, intitulado “Reflexões de um preso político”, Jefferson afirma que a Operação Lava Jato gerou a expectativa de que todos são iguais perante a lei até que “forças satanistas, empalmadas pela sedução dos corruptores e nos comunistas, apascentou o ninho mórbido dos urubus”.
“Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil”, escreve.
Ele finaliza a carta falando das manifestações anunciadas para o dia 7 de setembro. “Xô, urubus! Vocês traíram o povo do Brasil. Traíram nossa nação. Traíram a pátria amada. Escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé. Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação. Xô urubus! Vão pousar noutra comarca”, finalizou o político.
Confira a carta na íntegra:
“Reflexões de um preso político
A elite tecnocrática nomeada e vitalícia, destruiu a crença de nosso povo na democracia. Qual o principal sentimento, a principal convicção, a principal certeza de fidúcia e confiança no regime da lei e da ordem? A correta, diligente e honesta aplicação da lei. Essa é a garantia da existência da justiça e sua aplicação. Segurança jurídica, igualdade, igualdade. O orgulho causado de brios e felicidades do povo brasileiro decorreu de saber que os poderosos foram alcançados pela espada da Justiça. A operação Lava Jato e suas consequências gerou expectativas, mais, convicções, de que todos são iguais perante a lei. Orgulho: igualdade perante a lei.
Políticos, juízes e empresários corruptos sendo presos e condenados à prisão e obrigados a devolver o fruto do malfeito. A Papuda virou pensão dos papudos. Houve um momento de absoluta fé na lei e na ordem democrática. Até que forças satanistas, empalmadas pela sedução dos corruptores e nos comunistas, apascentou o ninho mórbido dos urubus. Os urubus abomináveis que têm se banqueteado com o pão de sangue do nosso povo, e saciado sua sede voraz de poder com as lágrimas de frustração das famílias cristãs do Brasil.
Os abutres traíram o povo honrado da pátria amada. Anularam, isto mesmo, anularam as sentenças e condenações dos poderosos, apanhados na Lava Jato. Soltaram os corruptos. Destruíram no coração de nossa gente o credo na Justiça. O que dizer a nossos filhos? O que? Traíram a boa fé do povo. Acumpliciaram-se aos gatunos. Desonraram a sagrada balança e a varonil espada. O que dizer a nossos filhos e netos? Basta! Há que haver um ponto final a esse estado tematológico de monstruosidades jurídicas. Xô urubus! Vocês traíram o povo do Brasil. Traíram nossa nação. Traíram a pátria amada. Escarneceram do Espírito Santo, pois defraudaram a nossa fé. Supremo é o povo. Sete de setembro rugirá a nossa indignação. Xô urubus! Vão pousar noutra comarca.”
Roberto Jefferson