Em carta, papa Francisco se solidariza com Leniel Borel, pai de Henry
“Deixem-se reconhecer como amigos de Jesus; a todos chamem amigos e, de todos, sejam amigos”, escreveu o sumo pontífice
atualizado
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O papa Francisco, líder da Igreja Católica, enviou mensagem ao engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry Borel Medeiros – assassinado em 8 de março, em um apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), onde morava com a mãe, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padrasto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.
O sumo pontífice se solidarizou com o pai e a avó do garoto, Noeme Camargo, e os convocou a se “contrastarem com a cultura da indiferença”.
A carta é assinada pelo monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano. Ao Metrópoles, Leniel disse que a carta foi enviada a Afra Dinini Roessler, vizinha de uma tia dele.
“A Afra mora na Alemanha há 10 anos, mas vem na casa dela aqui no Brasil duas vezes por ano. Ela recebeu a carta e duas fotos do papa, assinada por ele. Após receber, ela enviou para minha casa aqui no Brasil”, contou o engenheiro.
“O papa Francisco incumbiu-me de assegurar a sua paterna vizinhança e solidariedade ao pai Leniel Borel e à avó Noeme Camargo, confiando-os à proteção da Virgem Maria com os desejos bons que cada um traz no coração: deixem-se reconhecer como amigos de Jesus; a todos chamem amigos e, de todos, sejam amigos”, assinala Luigi Roberto Cona.
“O Santo Padre conta com a senhora Noeme e o senhor Leniel para contrastarem a cultura da indiferença e do ódio que sentem crescer ao seu redor; não se deixem contaminar pelo ódio, transformando-se à sua imagem e semelhança. Sejam do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusar a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: ‘Não teres o meu ódio!'”, diz o texto.
E continua: “Deste modo ajudarão a para o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados (cf. Gênesis 18, 23-32)”.
Por fim, ressaltou se tratar de “quase um milagre” que uma pessoa ferida, como Leniel e Noeme, “possa encontrar a coragem de recusar ter ódio e o afastar do seu coração; mas é um milagre que lhe permite viver em paz e ajudar a salvar o mundo de si mesmo”.
Leia, a seguir, a íntegra da carta: