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Em carta, hospitais particulares informam falta de vagas de UTI em GO

De acordo com a Associação dos hospitais privados do estado, a pandemia da Covid-19 chegou ao limite

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
UTI para Covid-19 em Senador Canedo (GO)
1 de 1 UTI para Covid-19 em Senador Canedo (GO) - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O situação do sistema de saúde público e privado em Goiás está à beira do colapso. Nessa sexta-feira (19/2), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás  (Ahpaceg), que representa mais de 30 unidades de saúde, divulgou uma carta aberta à sociedade informando que a rede privada, representada pela entidade, chegou ao limite e não há mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis.

“Informamos que nesta sexta-feira, 19 de fevereiro, não há disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais associados da Ahpaceg. Esses leitos encontram-se ocupados ou bloqueados para pacientes graves já em atendimento nos hospitais, por isso, não podem ser aberto para novas internações”, diz o texto.

“Esse problema vem se repetindo e hoje chegamos ao limite. Antes, assim como na primeira onda, ainda conseguíamos transferir pacientes entre os hospitais associados, garantindo as internações necessárias. Mas, agora, o momento é crítico e não há vagas”, acrescenta a entidade.

Na carta, a Ahpaceg descreve o cenário da pandemia como assustador. Segundo a associação, desde o início, a entidade vem atuando sem medir esforços para garantir o atendimento à população, tanto na assistência nos hospitais e demais instituições associadas, quanto no apoio ao setor público, com a doação e a oferta de equipamentos.

No entanto, a associação alega que além da demanda dos pacientes com Covid-19, também houve um aumento significativo de pacientes com outras enfermidades que negligenciaram doenças ou suspenderam tratamentos temendo a contaminação pelo coronavírus.

Outra questão levantada pela associação foi a falta de recursos financeiros dos hospitais, que não conseguem fazer novos investimento. De acordo com a associação, o aumento da oferta de vagas nas unidades de saúde no cenário atual não é viável.

“Precisamos de esforços conjuntos. A população e as autoridades precisam adotar medidas sérias para evitar a proliferação da doença. A taxa de contaminação está aumentando em uma proporção superior à capacidade de atendimento”, ressalta a associação na carta.

Rede Pública

Na rede pública de saúde, a situação não é muito diferente. Nos últimos dias, a taxa de ocupação dos leitos ultrapassou 94%, se mantendo acima dos 90% por mais de 10 dias.

Goiás tem adotado medidas mais rigorosas na contenção da pandemia do Covid-19. Diversos municípios decretaram lockdown para barrar o avanço da doença.

No último dia (11/2), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) e o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, participaram da inauguração de mais 11 leitos de UTI em Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia. Ao todo, são 290 leitos de UTI públicos para atender os pacientes com complicações da Covid-19.

Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), 8.230 pessoas morreram em decorrência da Covid-19 em Goiás.

Nessa sexta-feira (19/2), um cantor foi vítima da doença, dois dias após a morte da esposa, grávida de sete meses, também acometida pelo coronavírus. O bebê não resistiu.

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