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Em carta aos goianos, Meirelles oficializa desistência de candidatura

Ex-ministro informou que não se candidatará ao Senado por Goiás e alegou que ajudaria mais o estado atuando por um plano econômico nacional

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Henrique Meirelles
1 de 1 Henrique Meirelles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), oficializou na tarde desta sexta-feira (1º/4) a desistência de candidatura ao Senado por Goiás. Em carta aos goianos, ele explicou a decisão e alegou que ajudará mais o estado, se atuar por uma política econômica nacional, que recoloque o país nos eixos.

O comunicado é feito no mesmo dia em que ele deixa a Secretaria da Fazenda e Planejamento do governo de São Paulo, sem determinar ao certo qual será seu destino político.

Meireilles filiou-se ao PSD em fevereiro de 2021 e colocou-se como pré-candidato ao Senado, no final do ano passado. Desde então, ele dividiu a agenda entre Goiás e São Paulo, participando de articulações e negociações políticas.

“Nestes meses, eu tive o prazer de voltar às minhas raízes, revigorar meus laços e ouvir a sociedade de Goiás sobre seus desafios e sonhos. Cada retorno ao nosso Estado me deixa com mais certeza das potencialidades de Goiás e do nosso povo”, diz ele no início da carta.

E mais ao final da carta, ele comunica a desistência:

“Nas últimas semanas, ponderei sobre a possibilidade de ser candidato e, caso fosse essa a vontade do povo goiano, representar o nosso Estado no Congresso Nacional. No entanto, entendo que posso contribuir mais, para Goiás e o Brasil, trabalhando por um plano econômico que recoloque o País no eixo da prosperidade, que deixe de vez no passado o medo da inflação e da recessão”.

Veja a íntegra da carta:

Aos goianos

No ano passado, eu tive a honra de ser convidado pelos amigos do PSD a me filiar ao partido e considerar a possibilidade de ser candidato a senador pelo nosso Estado. Nestes meses, eu tive o prazer de voltar às minhas raízes, revigorar meus laços e ouvir a sociedade de Goiás sobre seus desafios e sonhos. Cada retorno ao nosso Estado me deixa com mais certeza das potencialidades de Goiás e do nosso povo.

Foi com muita honra que recebi pesquisas me apontando como um dos preferidos em uma eventual disputa ao Senado, demonstrando o quão profundas são as nossas ligações. Tenho orgulho de ser filho de Goiás.

Esse orgulho seguiu comigo ainda jovem em São Paulo, onde iniciei a minha carreira no mercado financeiro. E nos Estados Unidos, onde fui o primeiro não-americano a presidir uma instituição financeira global. Igualmente me acompanhou em Brasília, onde assumi funções públicas relevantes, primeiro como o presidente do Banco Central que mais tempo permaneceu no cargo e depois como ministro da Fazenda. Quando ajudei o País a superar as graves crises econômicas de 2003, 2008 e 2016, e com isto os goianos também foram muito beneficiados.

Nas últimas semanas, ponderei sobre a possibilidade de ser candidato e, caso fosse essa a vontade do povo goiano, representar o nosso Estado no Congresso Nacional. No entanto, entendo que posso contribuir mais, para Goiás e o Brasil, trabalhando por um plano econômico que recoloque o País no eixo da prosperidade, que deixe de vez no passado o medo da inflação e da recessão. Assim como contribui como presidente do Banco Central e Ministro da Fazenda para superarmos obstáculos que muitos consideravam instransponíveis, quero agora contribuir para um programa de governo realista, que prometa só o que pode ser cumprido, e que permita aos brasileiros e aos goianos retomar o caminho do crescimento sustentável.

Vou seguir acompanhando a política goiana e defendendo os interesses de todos os goianos em outras instâncias, seja no setor público, seja no setor privado. Goiás está acima dos partidos, das divergências e das vontades particulares. Vamos em frente!

Henrique Meirelles

Filiação no MDB

Meirelles deve seguir em São Paulo, onde foca agora nas negociações da composição de chapa do candidato tucano no estado, Rodrigo Garcia, que concorrerá pela sucessão de João Doria (PSDB).

Nos bastidores, fala-se que o ex-ministro pretende deixar o PSD e se filiar no MDB, partido pelo qual ele se candidatou à presidência em 2018. Ele está sendo cogitado para ser o vice de Garcia na disputa paulista.

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