Em carta aberta, Unicef pede a prefeitos “reabertura segura das escolas”
O órgão diz que o longo tempo de fechamento dos colégios têm impactado a aprendizagem, a saúde mental e a proteção das crianças
atualizado
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Em carta aberta publicada nesta quinta-feira (7/1), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu aos prefeitos de todos os municípios brasileiros “prioridade absoluta à educação e à reabertura segura das escolas”. O órgão defende que o longo tempo de fechamento da maioria das escolas e o isolamento social têm impactado profundamente a aprendizagem, a saúde mental e a proteção de crianças e adolescentes.
“Apesar dos esforços para organizar atividades remotas para continuidade das aprendizagens, milhões de crianças e adolescentes não foram alcançados e perderam o vínculo com a escola. Elas e eles correm o risco de abandonar a educação definitivamente. Isso vai aprofundar ainda mais as desigualdades e impactar uma geração inteira”, diz o órgão da ONU.
A Unicef ainda aborda que além das escolas promoverem, primeiramente, uma educação essencial, elas oferecem oportunidades para o desenvolvimento de competências de interação social e são essenciais à proteção contra diferentes formas de violência, incluindo a doméstica, que aumentou na pandemia.
Outro ponto citado na carta aberta é que um número considerável de crianças e adolescentes depende da merenda escolar para sua segurança alimentar.
“Por tudo isso, dizemos: as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em qualquer emergência ou crise humanitária. É fundamental empreender todos os esforços necessários para que as escolas de educação básica reabram no início deste ano escolar, em segurança. É um momento-chave que não podemos deixar passar”, acrescenta a carta.
Educação híbrida
Uma maneira para o retorno das aulas, de acordo com a Unicef, é a educação híbrida: “A forma da reabertura tem de ser adaptada à situação local e pode incluir elementos de educação híbrida, uma mistura de educação presencial e a distância, rodízio de estudantes em grupos pequenos, etc. – como sugerido nos protocolos que estão à disposição. É imprescindível envolver professores, demais profissionais da educação, estudantes, seus familiares e a comunidade escolar nessa decisão”.