Em carta a Bolsonaro, Iata pede veto a despacho gratuito de bagagens
Associação Internacional de Transporte Aéreo já havia se manifestado contrariamente à volta da franquia mínima no último dia 22, quando o Senado aprovou a MP que abre setor aéreo para o capital estrangeiro
atualizado
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O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Alexandre de Juniac, enviou recentemente uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) para externar a preocupação sobre a retirada da cobrança pelo transporte de bagagem em voos no país. Em coordenação com diversas companhias aéreas estrangeiras, no papel de porta-voz do setor, a Iata pede ao presidente que vete a emenda.
A Iata já havia se manifestado contrariamente à volta da franquia mínima de bagagem no último dia 22, logo após a aprovação da medida provisória que autoriza até 100% de capital estrangeiro nas aéreas instaladas no Brasil. Em nota, a entidade disse ver com profunda preocupação os riscos que esse movimento representa para a aviação brasileira e, consequentemente, para o consumidor.
Além de afugentar o interesse de empresas aéreas internacionais, na visão da associação, a medida “sufoca, ainda mais, o potencial da aviação comercial no Brasil, que já possui um dos combustíveis mais caros do planeta”.
Em conversa com jornalistas após o encerramento do encontro anual da associação, em Seul, Juniac disse que além de um grande retrocesso em relação às melhores práticas mundiais, a medida coloca o país na contramão no que diz respeito à atração de empresas aéreas adicionais e de baixo custo e amplia os temores sobre insegurança jurídica.
O Senado aprovou recentemente a MP que permite a participação de até 100% de capital estrangeiro em empresas aéreas que operam no Brasil e acrescentou artigo que permite a volta da possibilidade de os passageiros despacharem uma bagagem de 23 quilos sem cobrança adicional. A medida aguarda a sanção do presidente Bolsonaro.