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Em Brasília, Lula deve anunciar primeiros ministros; veja nomes cotados

Chegada de Lula à capital federal cria expectativa em torno do anúncio dos primeiros nomes para ocupar a Esplanada dos Ministérios

atualizado

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Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) -- Metrópoles
1 de 1 Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) -- Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou em Brasília nessa segunda-feira (28/11) com a missão principal de destravar a PEC da Transição para garantir a manutenção do Auxílio Brasil (que vai voltar a se chamar Bolsa Família) no valor de R$ 600, uma promessa de campanha. Quase um mês após a eleição, a expectativa é que com a chegada do petista sejam conhecidos os primeiros nomes que vão ocupar a Esplanada dos Ministérios a partir do ano que vem.

Lula tem sido pressionado para anunciar quem será o novo ministro da Fazenda. Aliados veem a indicação como importante para acalmar os ânimos do mercado financeiro, articular a aprovação da PEC e, principalmente, explicar qual será o rumo da política fiscal do governo. O principal cotado para a área é o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

O mercado ficou fortemente abalado com a participação do ex-ministro num almoço com banqueiros na sexta-feira (24/11), em São Paulo, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). No entanto, apesar da reação negativa, os rumores em torno do nome do ex-candidato ao governo de São Paulo cresceram após viagem dele à capital federal junto ao presidente eleito. A expectativa de aliados é que ele seja anunciado nos próximos dias.

Além de Haddad, outros nomes dados como certos no governo Lula são Simone Tebet (MDB), no Ministério do Desenvolvimento Social, Marina Silva (Rede), no Meio Ambiente, e Rui Costa (PT), na Casa Civil.

Veja quem são os cotados para cada pasta:

Demora

A expectativa era que as tratativas sobre os primeiros nomes tivessem início na semana passada, quando Lula voltou da viagem ao Egito para participar da conferência do clima das Nações Unidas, a COP27. No entanto, o presidente eleito passou por uma cirurgia de retirada de uma leucoplasia nas pregas vocais e precisou de repouso.

A demora tem causado atritos dentro do próprio núcleo do governo eleito. Na semana passada, o senador Jaques Wagner cobrou publicamente a indicação de um nome para a Fazenda. Questionado sobre a falta de um articulador que concentre as negociações políticas, ele respondeu: “Eu acho que falta mais, por enquanto, um ministro da Fazenda”.

A presidente do PT e coordenadora de articulação política da transição, Gleisi Hoffmann, rebateu a fala, afirmando que falta é articulação no Senado para a negociação da PEC.

O mistério em torno dos ministeriáveis não é uma novidade para o petista. Em 2002, quando foi eleito pela primeira vez, Lula só começou a anunciar seus ministros em 10 de dezembro, quase um mês e meio após vencer o tucano José Serra no segundo turno da eleição presidencial.

A lista completa dos novos ocupantes da Esplanada dos Ministérios foi informada aos brasileiros na antevéspera do Natal daquele ano, faltando menos de 10 dias para a posse.

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