Em baixa, PT diz que desistência de eleição em São Paulo é improcedente
Lindbergh Farias propôs que Jilmar Tatto (PT) desistisse para apoiar Guilherme Boulos (PSol), mas sigla não confirma oficialmente
atualizado
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São Paulo – Na quarta-feira (14/10), constava na agenda do candidato à Prefeitura de São Paulo Jilmar Tatto (PT) comparecer a panfletagem e adesivaço na Avenida Paulista antes de dar entrevista à TV Gazeta por volta das 19h. Assessores avisaram aos fotógrafos que o petista poderia atrasar, no intuito de aglomerar mais pessoas para a sua chegada. Ninguém apareceu. Tatto entrou na emissora discretamente.
O Metrópoles apurou entre sindicalistas e candidatos a vereador pelo PT que o clima é de desânimo, desconfiança e apreensão. Desânimo pelo avanço do protagonismo de Guilherme Boulos (PSol) dentro da esquerda paulistana. Desconfiança pelo candidato estar estagnado em 1% nas pesquisas de intenções de votos. E apreensão porque candidatos a vereador temem sanções por não divulgarem o nome de Tatto.
Lindbergh Farias (PT), ex-senador e candidato a vereador no Rio de Janeiro, criou crise dentro do partido ao dizer em entrevista ao portal Brasil 247, no dia 6 de outubro, que defendia que PSol e PT fizessem um acordo.
“Minha tese é BB: Benedita-Boulos”, disse Farias. Nessa tese, Tatto desistiria da corrida eleitoral para o PT apoiar Guilherme Boulos (PSol) em São Paulo. Em troca, no Rio de Janeiro, Renata Souza (PSol) passaria a apoiar Benedita da Silva (PT).
A assessoria de Jilmar Tatto disse que os rumores de que o petista pode desistir antes da hora são completamente improcedentes e que Tatto não comentará as declarações de Lindbergh Farias.
A campanha de Tatto vem tentando colar a imagem do petista a outros nomes mais ilustres do partido. O ex-presidente Lula e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad são rostos frequentes na campanha pelas redes sociais e pela TV.
Tatto também cita a ex-prefeita e ex-petista Marta Suplicy, de quem foi Secretário Municipal de Transportes e em cuja gestão implantou o Bilhete Único, sistema que permite ao cidadão fazer várias viagens de ônibus pagando apenas uma tarifa.