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Em áudios, Cid ataca Alexandre de Moraes e a PF: “Narrativa pronta”

Áudios divulgados pela Veja revelam acusações de Cid contra Moraes. Em uma das declarações, ele diz que o ministro teria sentença pronta

atualizado

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF
1 de 1 Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro PF - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em áudios, o ex-ajudante de ordens da presidência Mauro Cid atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e os investigadores da Polícia Federal (PF). O conteúdo das declarações do tenente-coronel foi divulgado pela revista Veja nesta quinta-feira.

Em um dos áudios, ele afirmou que os investigadores queriam que ele falasse “coisas que não aconteceram”. “Eles não aceitavam e discutiam que a minha versão não era verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo. Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queria saber a verdade”, disse Cid a um interlocutor de seu círculo próximo.

“O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende e solta quando ele quiser… com ministério público, sem ministério público… com acusação, sem acusação”, disse Cid. Em outro trecho, ele ainda afirma que Moraes já teria uma decisão pronta.

“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta, acho que essa é que é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo”, afirmou.

Confira os áudios divulgados pela Veja:

As declarações, segundo a revista, teriam ocorrido no início da última semana.

Mauro Cid fechou acordo de delação premiada com a PF, que foi homologado por Moraes. Em maio de 2023, o tenente-coronel foi preso no âmbito do inquérito que investiga fraudes a registros de vacinação.

Outro lado

Em nota, a defesa de Cid afirmou que, em nenhum momento ele coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do STF na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador. “Seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, completou.

“Referidos áudios divulgados pela revista Veja, ao que parecem clandestinos, não passam de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda, mas que, de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade”, declarou a defesa de Cid.

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