Em áudio, ex-patroa ameaça babá que pulou de prédio: “Mentirosa, cobra!”
“Você não vale nada, não considera ninguém. Por isso que a sua vida é toda atrasada, atrapalhada, mentirosa, cobra!”, disse no áudio
atualizado
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Em um áudio enviado pelo WhatsApp, Melina Esteves França, ex-contratante da babá que pulou do terceiro andar de um prédio em Salvador para fugir do cárcere privado, ameaça outras ex-funcionárias. Em um dos áudios, Melina chega a ameaçar uma das ex-funcionárias, de 55 anos, que trabalhou em sua casa.
“Eu sei onde é que você mora. Se as pessoas souberem o que você fez na minha casa, não vai ficar nada bom para você, viu?”, dispara. “Tu não presta, tu é miséria, inútil, que não sabe fazer p* nenhuma, porque a casa está um chiqueiro”, diz a mulher no áudio divulgado pelo Uol.
Além da babá que pulou do prédio, outras 12 ex-funcionárias denunciaram a antiga patroa por agressões e ameaças. Nesta quinta-feira (2/9), o advogado de defesa de Melina informou ter desistido do caso.
Em outro trecho do áudio, a mulher critica o serviço da babá e afirma que ela dava banho em sua filha “com ignorância”. “Aqui em casa tem câmera, viu? Você botava a menina no colo com a maior estupidez”.
Melina, então, ameaça a babá: “Você vai me pagar. Quem vai lhe cobrar são os próprios vagabundos daí”, referindo-se a moradores do bairro da ex-funcionária. “Eu estou lhe avisando e à polícia. Se você tivesse vindo para cá, você ia para a delegacia. Mas não tem nada, não. Deus e o diabo sabem o que fazem.”
Por fim, a mulher volta a ofender a ex-colaboradora: “Você não vale nada, não considera ninguém. Por isso que a sua vida é toda atrasada, atrapalhada, mentirosa, cobra!”.
Ouça o áudio:
12 denunciantes
Segundo o advogado Bruno Oliveira, que representa oito das 12 denunciantes, o celular e as câmeras do apartamento e do condomínio já foram apreendidos pela polícia e passarão por perícia.
A babá que recebeu o áudio conta que, inicialmente, Melina ordenou que ela trabalhasse como faxineira, arrumadeira, cozinheira e que cuidasse do filho mais novo. Mesmo contratando a mulher para cuidar das trigêmeas, Melina havia mudado de ideia e estava mantendo outra funcionária para fazer o serviço.
“Ela bebia muito, dava cachaça ‘para o santo’ e depois dizia que eu é que esvaziava a garrafa dela, me acusando de beber”, contou.
A profissional afirma que, no dia em que pediu para ir embora, Melina a trancou no apartamento. “Quando consegui sair, porque pedi socorro para a minha irmã, descobri que ela tinha ficado com o chip do meu celular. Eu exigi de volta, e ela começou a me passar mensagens me xingando e ameaçando. Bloqueei ela. Depois, descobri que ela copiou a minha agenda, porque ela ligava para amigos e parentes para me ameaçar.”