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Em áudio, empresário detalha como matou mulher trans em MT

No momento da prisão, o empresário Jorlan Cristiano Ferreira detalhou o crime. O caso ocorreu em Lucas do Rio Verde (MT), nessa terça (16/1)

atualizado

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Imagem colorida do empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos - Metrópoles - Foto: Divulgação

O empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, suspeito de matar Mayla Rafaela Martins, 22, em Lucas do Rio Verde, no norte de Mato Grosso, detalhou, no momento da prisão, o crime de feminicídio aos policiais.

No áudio, divulgado pelo G1, Jorlan desrespeita a identidade de gênero de Mayla — que é uma mulher trans — e se refere a jovem usando o pronome masculino por diversas vezes durante as declarações.

Logo no início da gravação, o suspeito relata que jogou, de cima da ponte, todas as “coisinhas dele [Mayla]” no rio. Os itens seriam uma faca de serra e uma maquininha de cartão.

“Antes, ele tentou pular em cima de mim, mas eu peguei, derrubei ele e dei um mata leão. A faca caiu do lado, ele tentou pegar e eu fiquei com medo dele conseguir pegar a faca. Consegui pegar a faca e finquei nele”, disse Jorlan.

Mesmo com a facada, Mayla teria sido morta por estrangulamento, na casa de Jornlan. Ele asfixiou a jovem até ela ficar imóvel. Quando notou que ela estava sem vida, o empresário não ligou para a polícia e decidiu enrolar o corpo em uma lona de piscina infantil.

Suspeito contratou serviços sexuais

O delegado João Batista Ribeiro Torres informou que Jorlan confessou que contratou serviços sexuais com a mulher, a levou para casa e depois a matou. Mayla atuava como garota de programa na região.

Segundo a versão de Jorlan, Mayla tentou roubar dinheiro dele. Ela teria, também, pedido para tomar uma cerveja, mas ele alegou que a jovem estaria com uma faca na mão e pedia mil reais para não “fazer escândalo”.

“Se ele [Mayla] só quisesse dinheiro, eu até dava, mas ele me pediu mil reais e eu só tinha R$ 170. Perguntei: ‘Pra que o dinheiro cara?’. E ele respondeu: ‘Cara não, eu sou mulher’, respondi que mulher não era, porque pra mim, se tem pinto, é homem”, afirmou.

Durante a audiência de custódia, Jorlan manteve a versão de que matou a jovem após ela ameaçá-lo e tentar roubá-lo. Porém, a polícia desacredita.

Escute o áudio:

Entenda o caso

Mayla Rafaela Martins foi encontrada morta em uma fazenda de Sorriso, próximo a MT-485, nessa terça (16/1). Funcionários da propriedade rural encontraram o corpo da jovem envolto em uma lona de piscina.

Antes de morrer, Mayla enviou uma foto da placa do carro de Jorlan para pessoas próximas. Isso ajudou a polícia a localizar o empresário. Familiares pedem ajuda para pagar o traslado do cadáver para a cidade natal de Mayla.

A Justiça do Mato Grosso converteu a prisão em flagrante do empresário para preventiva nessa quarta-feira (17/1).

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