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Em Angola, Lula homenageia líder quilombola: “Vítima da intolerância”

Presidente Lula foi homenageado na Assembleia Nacional de Angola e lembrou da morte da líder quilombola Bernadete Pacífico

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
Lula em Angola
1 de 1 Lula em Angola - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante viagem a Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, nesta sexta-feira (25/8), na Assembleia Nacional do país africano. O mandatário brasileiro citou a morte da líder quilombola Bernadete Pacífico, e reiterou que pretende inaugurar uma nova agenda de cooperação com o governo angolano.

Lula desembarcou em Luanda para uma visita oficial de dois dias, após participar de 15ª Cúpula do Brics, na África do Sul. Antes de retornar ao Brasil, o titular do Palácio do Planalto ainda passará por São Tomé e Príncipe, por ocasião da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Durante o pronunciamento na Assembleia, o petista prestou homenagem a Bernadete Pacífico, líder quilombola e yalorixá assassinada a tiros na última sexta-feira (18/8).

“Bernadete foi vítima da intolerância dos que querem calar os mais vulneráveis. O exemplo de mulheres como ela inspirou as atuais políticas de promoção da igualdade racial e de gênero, que são centrais no meu governo”, defendeu.

Ele também citou o apoio dos angolanos após as invasões às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo episódio golpista.

“Registro aqui nossa gratidão aos nossos amigos angolanos pelo apoio ao Brasil do presidente João Lourenço e seu governo quando vivemos, em 8 de janeiro deste ano, a tentativa de um golpe às sedes dos Três Poderes dado pelo ex-presidente da República”.

“Recordo que a luta pela liberdade e pelos direitos humanos no Brasil tem como um de seus marcos mais importantes a luta contra a escravidão. Essa chaga, em nossa história, vitimou milhões de africanos e deixou ao país um nefasto legado de desigualdade social e de preconceito. Combater esse legado é objetivo primordial de meu governo”, prosseguiu.

Mais cedo, Lula  foi condecorado com a Ordem Dr. António Agostinho Neto, pelo presidente de Angola, João Lourenço. Ele também presenteou o homólogo com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

Durante a homenagem, o petista frisou que a desigualdade de gênero é a “mais grave” e que o combate a todas elas exige “criar indignação”.

 “A desigualdade mais grave é a mulher ser tratada como objeto de cama e mesa em pleno século 21. É preciso que os homens amadureçam. Que a sociedade amadureça”, ressaltou o presidente.

Clique aqui para ver o pronunciamento.

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