Em afago ao STF, Lula participará da abertura do Ano Judiciário
Diferentemente da postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula tem demonstrado boa vontade em manter a harmonia entre os Três Poderes
atualizado
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou presença na cerimônia de abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (1º/2). Ao contrário das últimas solenidades na Corte, às quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou por não ir, Lula não só participará da solenidade, como será o segundo a discursar.
A sessão será aberta, às 10h, com o Hino Nacional. Depois, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber falará. Em seguida, passa a palavra para Lula. A expectativa é que sejam proferidos discursos fortes, em prol da democracia e do retorno da normalidade no Brasil.
Após os ataques de 8 de janeiro, esta será a primeira vez que ministros e autoridades entram no plenário, que ficou completamente destruídos por golpistas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), também estará presente, assim como o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem Nacional dos Advogados (OAB), Beto Simonetti.
Reconstrução
Após ser fortemente atacado por vândalos, o plenário do STF ficou pronto a tempo de receber a primeira sessão de 2023. Uma força-tarefa de profissionais se reuniu para conseguir recuperar pelo menos parte do edifício-sede da Corte antes do início do Ano Judiciário.
Equipes terceirizadas, funcionários da limpeza, grupos de arquitetos, engenheiros, marceneiros, vidraceiros e restauradores deixaram o local mais afetado da estrutura do Supremo pronto para o dia 1º de fevereiro.
Todos os vidros quebrados foram trocados, as cadeiras do plenário, que tinham sido destruídas e retiradas do lugar, tiveram de ser reformadas e o carpete passou por limpeza especial. Devido ao tombamento histórico do prédio, os itens não podiam ser trocados. Por isso, o trabalho de recuperação e reforma foi essencial para o retorno, dentro dos padrões exigidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A fiação elétrica, as câmeras e os armários tiveram de ser recolocados. As togas dos ministros, roubadas nos atos de 8 de janeiro, foram compradas e podem ser usadas na primeira sessão.
O brasão da República e o crucifixo que também compõem o ambiente foram restaurados e recolocados em seus lugares. E a equipe de limpeza eliminou as pichações.