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Em 3 meses, 75 cidades não registraram mortes nem casos de Covid

Avanço da imunização no país vem demonstrando bons resultados no combate à pandemia, afirma especialista

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Vacina idosos
1 de 1 Vacina idosos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com 64,9% da população com 12 anos ou mais no país imunizada e a média móvel de mortes em queda, a vacinação vem demonstrando sua força no enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Desde agosto deste ano, 75 municípios não registraram novos casos nem óbitos provocados pela doença, segundo levantamento feito pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, com base em números repassados pelo Ministério da Saúde.

Com 27 cidades nesta situação (21,2% dos 127 municípios), o estado do Maranhão é o que mais possui locais que, em três meses, parecem ter deixado a Covid para trás.

Veja, a seguir, onde ficam no país esses municípios:

Para o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Julival Ribeiro, mais do que a contenção de casos, a importância da imunização vem sendo comprovada com os baixos números no indicador da média móvel de mortes do país. “Isso só demonstra que a vacina é realmente a nossa melhor estratégia para enfrentamento. Não tem cura milagrosa, tem ciência”, ressalta.

Alecrim, cidade localizada no noroeste do Rio Grande do Sul, possui apenas 11,2% dos seus residentes desprotegidos contra a Covid. Segundo dados do Vacinômetro, 89,9% receberam a primeira dose e 83,3% estão imunizados com a segunda. Sem mortes e casos documentados desde agosto, Alecrim alcançou o que é chamado pelos especialistas de “imunidade coletiva com a vacinação”.

“Mesmo que uma população não esteja 100% vacinada, quando alcançamos a marca de 80% das pessoas imunizadas vemos o impacto da vacina realmente acontecer. Isso é o que chamamos de ‘imunidade coletiva’. Esse é um número ‘mágico’ da ciência, pois 100% é um índice difícil de ser alcançado, já que pessoas podem não ter a opção de se vacinar por indicação médica. E é por isso que, quem pode, deve se vacinar”, explica Ribeiro.

Apesar do avanço, cientistas ainda pedem cautela nas liberações. Recente Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (4/11), registra que não recomenda a volta irrestrita de eventos sociais com aglomeração. Para os pesquisadores, é necessário atingir pelo menos 80% da cobertura vacinal contra Covid-19 para que esse tipo de encontro possa ser realizado com segurança.

A recomendação é que, enquanto se caminha para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas “só sejam realizadas com comprovante de vacinação”.

Panorama da vacinação

Na última sexta-feira (5/11), dados sobre a Campanha Nacional de Imunização mostraram que 64,9% da população com 12 anos ou mais no país está totalmente vacinada contra a Covid-19, enquanto 84,9% tomaram a primeira dose da vacina. Segundo o Ministério da Saúde, 344.188.826 doses de imunizantes já foram distribuídas no território nacional.

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