Em 2021, ano de crise, arrecadação de loterias da Caixa cresceu 7,3%
Brasileiros apostaram mais de R$ 18 bilhões na sorte ao longo do ano passado. Arrecadação ajuda a bancar programas sociais
atualizado
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Em 2021, o desemprego continuou a afetar mais de 13 milhões de pessoas e a renda dos brasileiros caiu, mas eles resolveram sacrificar uma parcela maior dos ganhos tentando a sorte.
A arrecadação total das loterias da Caixa Econômica Federal foi de R$ 18,1 bilhões no ano passado, indica levantamento feito pelo site Sorte Online ao qual o Metrópoles teve acesso. O valor é 7,3% maior do que a arrecadação de 2020, que foi de R$ 16,9 bilhões.
Em relação a 2017, segundo a Caixa, há um aumento de quase 30%, o que torna as loterias, cujo lucro ajuda a financiar programas sociais, um dos produtos mais lucrativos do banco.
O tíquete médio apostados também subiu ano passado em relação a 2020, passando de R$ 5,81 por aposta para R$ 7.
A loteria que mais recebeu apostas ao longo do ano (2,5 milhões de jogos) foi a Lotofácil, que tomou o primeiro lugar que era da Mega-Sena historicamente depois que a Caixa passou a fazer sorteios diários dessa opção. A Mega, porém, foi o jogo que mais arrecadou (R$ 6,69 bilhões) – e a Loteca foi a de menor procura (arrecadou R$ 74,3 milhões), ainda segundo dados do Sorte Online.
Ao todo, foram 1.446 concursos em 2021 (não leva em conta a Loteria Federal), que pagaram 711 prêmios aos sortudos.
As unidades da federação mais premiadas foram: São Paulo (164 premiações); Minas Gerais (86); ; Paraná (44); Rio de Janeiro (41); Bahia (31); Goiás (28); Distrito Federal (26); Rio Grande do Sul (24) e Santa Catarina (24). As apostas feitas de forma virtual receberam 85 prêmios. Se fosse um estado, estaria em terceiro lugar nesse ranking da sorte.
No último “Panorama do Mercado Brasileiro de Loterias” que publicou, no início de novembro do ano passado, a Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) do Ministério da Economia já projetava arrecadar mais de R$ 18 bilhões no ano e celebrava, até ali, crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para o subsecretário de Prêmios e Sorteios do ME, Waldir Marques, os números indicam a solidez do mercado nacional de loterias, apesar das dificuldades enfrentadas decorrentes da pandemia de Covid-19.
Segundo o boletim, os principais produtos lotéricos do país hoje são: LotoFácil (36,7% das apostas), Mega-Sena (30,7%) e Quina (19,9%).
A publicação apontou também um aumento de 14% nos repasses para o financiamento de políticas públicas obtidas a partir das loterias, no período de janeiro a setembro de 2021, que ultrapassaram os R$ 4,6 bilhões. Nesse período, os principais repasses sociais foram as parcelas destinadas à seguridade social (46,8%), ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), com 25,2% e à educação, com 10,6%. A educação registrou ainda um aumento de recursos de 110% em função da reversão de um dos prêmios da Mega da Virada de 2020 não resgatado.