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“O partido nos deu carta branca para ter conversas”, diz Elmar

Líder do União Brasil saiu de favorito em agosto para pressionado pelo União Brasil a desistir da disputa

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Líder do União Brasil, Elmar Nascimento - Metrópoles
1 de 1 Líder do União Brasil, Elmar Nascimento - Metrópoles - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento,(BA), decidiu nesta quinta-feira (31/10) manter sua candidatura na corrida pela presidência da Câmara. A cúpula do partido havia decidido apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) na quarta-feira (30/10), mas depois da reunião da executiva nacional da sigla, Elmar seguirá candidato até que as conversas com partidos e outros candidatos ocorram.

Ao deixar o encontro, Elmar voltou a dizer que a candidatura é do União Brasil e que por enquanto ele segue candidato.

“O partido nos deu carta branca para ter conversas”, declarou o líder do União Brasil. De acordo com o Elmar, ele fará as negociação em parceria com o presidente da sigla, Antônio de Rueda, e ACM Neto. Essa negociação deve culminar no apoio da sigla a Motta.

“Não tenho resistência em desistir ou continuar. Minha candidatura é nossa, do meu partido e dos que me apoiaram. Significa um voto de confiança da bancada de ter mais uma reunião, de tomar uma decisão em nome da bancada”, argumentou Elmar.

Na manhã desta quinta, Elmar recebeu uma ligação de Motta para ambos dialogarem e tentarem chegar a um acordo. O parlamentar também deve se reunir com Antonio Brito (PSD-BA), candidato que ele havia se unido para fazer oposição a Motta. Depois, deve conversar com com o presidente do PSD, Gilberto Kassab.

Como mostrou a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, Elmar teve um um tenso jantar na noite da quarta-feira (30/10), na casa de Rueda, em Brasília. Elmar foi rifado pela cúpula do União, que fez um encontro com Motta na manhã de quarta. O líder do partido só foi avisado da reunião depois de ela ser realizada. Nesse encontro, o União já havia sinalizado que fecharia com Motta.

A pressão pela desistência se tornou ainda mais forte depois que o PL de Bolsonaro, maior sigla da Câmara, e o PT de Lula, segunda maior, anunciaram apoio a Motta na noite de quarta-feira (30/10). O MDB foi outro grande partido a fechar com o candidato de Lira na noite de quarta.

Motta se fortaleceu nesta semana. Saiu da oficialização de sua candidatura na terça (29/10) e ganhou o apoio de seis partidos em cerca de 36 horas. Atualmente, apoiam o candidato de Lira: PL, PT, PP, Republicanos MDB e Podemos. Com esse leque de legendas com Motta, a avaliação feita pela cúpula do União foi de que manter Elmar candidato era insustentável.

Em troca do apoio ao candidato do Republicanos, o União Brasil deve negociar ficar com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Câmara, e com a segunda vice-presidência da Casa.

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