metropoles.com

Eletrobras crê em avanços com Aneel sobre créditos de fundos

Ainda assim, a estatal admite que pode ser necessário acionar a Justiça, indo até “o limite do seu direito”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Wilton Junior/Estadão
eletrobras
1 de 1 eletrobras - Foto: Wilton Junior/Estadão
A discussão entre Eletrobras e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre os créditos que as distribuidoras hoje operadas pelo grupo detêm junto aos fundos setoriais ainda promete novos embates, mas o entendimento da estatal é que o processo caminha positivamente, em direção aos números defendidos pela elétrica – um crédito da ordem de R$ 8,5 bilhões, ante um passivo de aproximadamente R$ 4 bilhões inicialmente estimado pelo regulador. Ainda assim, a estatal admite que pode ser necessário acionar a Justiça, indo até “o limite do seu direito” para garantir os recursos aos quais acredita ter direito.

“A boa noticia é que as coisas estão caminhando, já na regulação, na direção que entendíamos ser correta, agora é questão de ajuste e vamos buscar o ajuste”, disse o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, ao comentar a questão com jornalistas.

O executivo se referia a recentes decisões da Aneel de reconhecer créditos em favor das distribuidoras no Acre e em Rondônia provenientes do fundo Conta de Consumo de Combustível (CCC). Inicialmente, a agência reguladora entendia que as concessionárias teriam de devolver recursos pelo recebimento indevido de crédito para custear o uso de combustíveis para geração de energia elétrica.

Ferreira Junior explicou que os novos valores decorrem de uma mudança no entendimento da Aneel. Inicialmente, a agência não havia aceito volumes decorrentes do fornecimento de energia por prazos superiores aos 36 meses estabelecidos pela legislação, mas passou a reconhecer que a companhia obteve uma autorização para manter o fornecimento para além desse prazo, até o início de vigência de um novo contrato a ser fechado com o vencedor de uma licitação cuja realização não era de responsabilidade da distribuidora, mas da Aneel e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A Aneel fez a glosa, mas a MP (Medida Provisória) 814 restabelece isso, porque o que foi feito à época pela distribuidora é que ela pediu autorização”, comentou.

Ele salientou, no entanto, que a companhia entende que o montante de crédito reconhecido ainda é inferior ao efetivamente devido, por isso a companhia deve entrar com um recurso administrativo. Isso porque a Aneel utilizou dados amostrais para calcular os créditos. “Temos os dados reais. Imagino que ao compartilhar os dados mensais, a agência seja sensível aos argumentos e veja que realmente tem diferença”, disse, lembrando que as distribuidoras enfrentam sazonalidade de consumo de energia e, consequentemente, de combustível.

O executivo comentou que o fato de que essas discussões ainda estão em andamento corroboram com a decisão da companhia de assumir os R$ 8,5 bilhões de créditos na holding, retirando a incerteza sobre o efetivo recebimento desses valores das distribuidoras, que devem ser vendidas em maio. “De alguma maneira, está se mostrando acertada a decisão de manter os créditos, já que há uma divergência de entendimento com a agência e talvez precise além de recursos administrativos, recursos judiciais, então vamos fazer isso. Mantemos todas as convicções que tínhamos quando assumimos os créditos e defendemos essas questões na agência”, reforçou.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?