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O Ministério do Interior da França informou que o comparecimento às urnas no país é próximo ao registrado no mesmo horário no primeiro turno, quando 59,39% dos frances haviam votado às 17h. Esse número é o mais elevado para eleições legislativas desde 1981, quando 61,4% dos eleitores tinham votado nesse horário. Os institutos de pesquisa da França estimam uma taxa de participação final entre 66% e 67%.
A mobilização dos eleitores era uma das principais incógnitas deste pleito. O voto não é obrigatório na França e o escrutínio acontece no primeiro fim de semana das férias de verão no hemisfério norte, o que poderia ter um impacto no comparecimento às urnas.
Quase 50 milhões de franceses foram convocados para escolher os deputados que compõem a Assembleia Nacional. A França já elegeu 76 parlamentares para as 577 cadeiras logo no primeiro turno do pleito. Destes já eleitos, metade são do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) de Marine Le Pen e seus aliados.
Extrema direita lidera intenções de voto
O RN liderou toda a campanha e as pesquisas de intenção de voto, enquanto a aliança Nova Frente Popular, formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, tentou conquistar novos eleitores, chegando ao segundo lugar no primeiro turno. Já a coalizão de centro-direita Juntos, apoiada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em terceiro lugar, teve dificuldades para ganhar terreno, mas se recuperou um pouco no final da campanha, que durou apenas três semanas.
Essas eleições antecipadas foram convocadas pelo presidente após o anúncio dos resultados das eleições europeias em 9 de junho, marcadas pela vitória da extrema direita. Em caso de um novo sucesso do partido Reunião Nacional, o candidato do partido, Jordan Bardella, de 28 anos, pode se tornar primeiro-ministro, com um programa baseado em três frentes: segurança, poder de compra e controle da imigração.
Além disso, essa pode ser a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que a Assembleia Legislativa francesa terá uma maioria de deputados da extrema direita.
As seções eleitorais deste segundo turno abriram neste domingo às 8h locais (3h de Brasília), após os eleitores que vivem nos territórios ultramarinos franceses terem votado desde a manhã de sábado (6).