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Votos dos governadores aliados somariam 60% da meta de Bolsonaro

Presidente precisa tirar diferença de 6,2 milhões de votos aberta por Lula, mas 7 aliados tiveram votação proporcionalmente menor que a dele

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Ibaneis Rocha e Celina Leão declaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Ibaneis Rocha e Celina Leão declaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Principal aposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar virar o jogo no segundo turno e derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o apoio de governadores aliados tem potencial de transferência de votos que pode não ser o suficiente. Em um cenário de transmissão integral de eleitores dos governadores que aderiram à campanha de Bolsonaro, o presidente poderia agregar mais 3,7 milhões de votos. Ou seja, 60% dos cerca de 6,2 milhões que ele precisa tirar da vantagem aberta por Lula no primeiro turno.

Esses 6,2 milhões de votos se traduzem em uma diferença de 5,2 pontos percentuais – 48,4% para o petista contra 43,2% para o candidato do PL. Desde segunda-feira (3/10), ambos iniciaram uma corrida em busca de aliados. Enquanto Lula priorizou atrair os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para o seu palanque, Bolsonaro anunciou uma série de adesões de governadores a sua campanha.

A reportagem do Metrópoles confrontou a votação obtida por Bolsonaro no estados com o desempenho de cada um dos 11 governadores que já anunciaram apoio à reeleição do presidente. Sete deles tiveram menos votos do que o próprio candidato do PL obteve nos respectivos estados. Isso torna ainda mais difícil um engajamento que possa agregar votos a Bolsonaro no segundo turno contra Lula.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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É o caso de quatro dos cinco governadores que foram a Brasília nesta quinta-feira (6/10) para anunciar apoio a Bolsonaro. O governador Ronaldo Caiado (União), por exemplo, reeleito no primeiro turno em Goiás, teve 1,8 milhão de votos (51,8%), enquanto o presidente computou 113,3 mil votos a mais no estado. No Acre, o desempenho do governador reeleito Gladson Cameli (PP) também foi inferior ao do presidente em 33,4 mil votos.

Os governadores Wilson Lima (União), do Amazonas, e Marcos Rocha (União), de Rondônia, que integraram a comitiva do ato bolsonarista nesta quinta e ainda vão disputar o segundo turno em 30 de outubro, também tiveram menos votos em seus respectivos estados do que o presidente da República.

O mesmo ocorreu no Distrito Federal, onde o governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB) contabilizou 77,7 mil votos a menos do que Bolsonaro; e em São Paulo, onde o governador Rodrigo Garcia (PSDB) teve 7,9 milhões de votos a menos do que Bolsonaro e sequer foi ao segundo turno. Ambos anunciaram apoio a Bolsonaro no início da semana.

Zema e Ratinho Jr.

Dos governadores que se saíram melhor do que Bolsonaro no estado e podem ajudar a transferir novos votos ao presidente, quem tem o maior potencial de transferência é Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, que alcançou 854,8 mil votos a mais do que o presidente no primeiro turno. Em seguida, aparece o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 614,7 mil votos adicionais de eleitores que o escolheram, mas não digitaram o número de Bolsonaro.

No Rio de Janeiro, a margem de transferência direta de votos do governador Cláudio Castro (PL) é de 99 mil, e no Mato Grosso, do governador aliado Mauro Mendes (União), de 11,7 mil votos. Somados os votos potenciais em Bolsonaro obtidos pelos quatro governadores, o presidente teria um acréscimo de 1,6 milhão de votos. Ou seja, cerca de um quarto do que o candidato do PL precisa para igualar a votação de Lula no primeiro turno.

A reportagem incluiu na conta de votos que podem migrar para Bolsonaro uma parcela da votação obtida por Rodrigo Garcia em São Paulo, que somou 4,3 milhões de votos. Comparando as votações obtidas pelos presidenciáveis e por seus respectivos candidatos ao governo, é possível estimar que cerca de 2,1 milhões de eleitores do tucano não tenham votado em Bolsonaro no primeiro turno e agora poderiam escolher o presidente no segundo turno por causa do empenho que Garcia prometeu na campanha bolsonarista.

Na batalha por apoio político, Lula conseguiu dois feitos importantes nesta semana, que foram as declarações de voto de Simone Tebet e Ciro Gomes, que somaram 8,5 milhões de votos no primeiro turno. Assim como Bolsonaro, Lula também investiu na adesão de governadores reeleitos no primeiro turno. Um deles é Helder Barbalho (MDB), do Pará, que obteve 673,5 mil votos para governador a mais do que Lula teve no estado para presidente.

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