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Vídeo: PM que matou Lázaro pede voto mascarado de caveira e com facão

Ministério Público de Goiás entrou com representação por propaganda eleitoral irregular com linguagem violenta e símbolo de decapitação

atualizado

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coronel edson raiado video caveira facao lazaro
1 de 1 coronel edson raiado video caveira facao lazaro - Foto: Reprodução/Instagram

Goiânia – O candidato a deputado federal por Goiás, Edson Raiado (PROS), publicou um vídeo publicitário em que aparece com uma máscara de caveira preta e um facão na mão, enquanto ao fundo é tocada a sua música da campanha. A gravação foi divulgada em suas redes sociais e, após a repercussão, apagada.

Edson é tenente-coronel da Polícia Militar e ficou conhecido por ter matado o foragido Lázaro Barbosa ao lado de outros colegas da PM, durante as buscas pelo autor de vários homicídios e crimes na região de Cocalzinho de Goiás, no Entorno do DF, em junho de 2021. Ele é ex-chefe de segurança do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Veja o vídeo:

No vídeo, Edson leva o facão até o pescoço e faz o símbolo de decapitação. Ele aparece nas imagens com uma camisa preta e um broche de raio vermelho, símbolo da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam), batalhão da PM de Goiás semelhante à Rota de São Paulo.

“Edson Raiado sente o cheiro de bandido de longe. É forte, corajoso, coronel de elite, preparado para lutar. Deus no comando, com ele está. Com a Rotam ladrão não treta, segurança aqui é reta, vacilão tem hora certa”, diz a letra da música do vídeo.

MP questiona

O Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou com uma representação contra Edson Raiado por propaganda irregular, já que no vídeo há “uso de uma linguagem extremamente violenta, tanto nas imagens quanto no áudio que as acompanha, exaltando a atuação letal da polícia”, diz trecho da representação do promotor eleitoral Haroldo Caetano.

A representação começou a tramitar no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TREGO) neste domingo (28/8), mesma data em que Edson excluiu o vídeo de sua conta no Instagram.

Segundo o texto da representação, o Código Eleitoral diz que não será tolerada propaganda “de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes” e “de incitamento de atentado contra pessoa ou bens”.

O promotor pediu medida liminar para determinar a suspensão da veiculação do vídeo e a notificação do candidato. A reportagem entrou em contato com Edson Raiado pelas redes sociais dele e aguarda retorno.

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