Vice de Zema diz que voto em Lula é o “mais convicto de sua vida”
Rompido com o governador, que foi reeleito no primeiro turno e que apoia a eleição do presidente Jair Bolsonaro, Brant apoia petista
atualizado
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O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), acompanhou a agenda do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta sexta-feira (21/10) no município de Juiz de Fora. Eleito na chapa do governador Romeu Zema (Novo) nas eleições de 2018, Brant foi novamente candidato ao cargo de vice-governador em 2022, em coligação encabeçada pelo ex-deputado federal Marcus Pestana (PSDB).
Rompido com o governador, que foi reeleito no primeiro turno e declarou apoio à eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Brant é outro a ressaltar que defender a candidatura de Lula é defender a democracia.
“Nessa eleição, eu vou votar no Lula pela segunda vez. Talvez seja o voto mais convicto da minha vida, porque eu acho que, além das agendas do atual presidente serem completamente equivocadas, o que está em jogo é a manutenção da democracia no Brasil”, afirmou Brant em Juiz de Fora.
“Nós estamos vivendo risco de ruptura da democracia. Temos grandes ditadores que são eleitos e reeleitos na Polônia e na Hungria, por exemplo. Então democracia é além de eleição: é respeitar os poderes, a imprensa, a liberdade e o respeito às minorias”, completou.
Assim como a senadora Simone Tebet (MDB) e Brant, a ex-ministra Marina Silva, que acompanhou Lula em Minas, destacou o entendimento de que a candidatura de Lula representa o campo democrático. Marina ainda pontuou que tem, com o ex-presidente, um entendimento pelo resgate atualizado da agenda socioambiental.
“Ninguém melhor do que o ex-presidente Lula para fazer o resgate da agenda socioambiental que deu certo, porque começou em 2003 no governo dele. Enquanto o governo Bolsonaro, em três anos e meio, é responsável por um terço das florestas virgens destruídas no mundo, de 2003 a 2008 Lula foi responsável, no seu governo, por 80% das áreas protegidas criadas no mundo. Por isso é a melhor pessoa para fazer esse resgate”, observou.
Assim, a ex-ministra considerou natural sua adesão ao projeto de Lula no segundo turno das eleições nacionais. “É muito natural que estejamos todos aqui. Em um movimento para unir o Brasil. E unir o Brasil em torno de quem reúne as melhores condições de defender a democracia”, afirmou.