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TSE investiga suposto privilégio a Bolsonaro na cobertura da Jovem Pan

A pedido da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o corregedor-geral Benedito Gonçalves determinou apuração sobre o grupo

atualizado

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Bolsonaro dá entrevista para a Jovem Pan News. Ele está de frente para o computador com uma janela trás, vestindo camisa social e gravata - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaro dá entrevista para a Jovem Pan News. Ele está de frente para o computador com uma janela trás, vestindo camisa social e gravata - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

A pedido da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou, nesse sábado (15/10), que seja investigada a conduta do Grupo Jovem Pan na cobertura jornalística das eleições.

Lula cobra isonomia no noticiário e ainda acusa a Jovem Pan de “promover” o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

O corregedor negou pedido de liminar contra o grupo de comunicação, porém deu prazo de cinco dias para que a Jovem Pan e seu presidente, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como “Tutinha”, apresentem sua defesa na ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) proposta pelo PT. O presidente Bolsonaro, que é citado na ação, será notificado.

“A Jovem Pan é uma concessionária de serviços públicos, beneficiária de valores expressivos advindos do governo federal, e que promove diariamente a candidatura de Jair Bolsonaro e a narrativa bolsonarista, principalmente relacionada à denominada ‘guerra cultural’, impulsionando-a para milhões de telespectadores diuturnamente; enquanto, por outro lado, ataca de forma vil, com o amplo uso de fake news, candidatos adversários, em especial o ex-presidente Lula, quebrando a isonomia da disputa”, destacou a campanha de petista no pedido de investigação.

Na ação, a campanha de Lula pede que a emissora se abstenha de reproduzir mais conteúdos e notícias sobre fatos que, na avaliação da coligação de Lula, são “sabidamente inverídicos e descontextualizados” em relação ao candidato e ao processo eleitoral – seja por meio da rádio, TV e meios digitais, como o YouTube.

O corregedor, por sua vez, considerou que a programação cedeu espaço para “especulações, sem nenhum fundamento em evidência fática, sobre conchavos políticos e sobre imaginária manipulação de pesquisas e mesmo dos resultados das eleições”. Disse ainda que comentários feitos na emissora procuram “incutir nos eleitores o medo de um ‘golpe de esquerda’, do fechamento de igrejas e do domínio do crime organizado” em caso de vitória de Lula na eleição presidencial.

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