TSE dá 4h para PRF e PF explicarem operações contra crimes eleitorais
PT aponta favorecimento de candidato. Decisão de urgência se deve à proximidade com a votação do segundo turno
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, deu quatro quatro horas para que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF) informem como estão exercendo suas funções para garantir o combate aos crimes eleitorais. Mais cedo, o PT protocolou uma peça afirmando que as corporações estão favorecendo o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
A presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, informou, no Twitter, na noite de sexta-feira (28/10), que recebeu denúncias de que as forças estariam sendo “instrumentalizadas” para fazer “operações com objetivo eleitoral”. “Diante de quem nunca hesitou em usar o Estado contra adversários, estamos pedindo providências ao TSE, em nome da lisura da eleição”, disse.
Moraes entendeu que é de competência do TSE fiscalizar iniciativas que podem influenciar no pleito. Assim, determinou a intimação imediata do diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal para que informe, no âmbito de suas atribuições constitucionais, como será a colaboração com a Justiça Eleitoral no sentido de efetivar as garantias necessárias do pleno transporte público aos eleitores.
A decisão de urgência foi tomada por causa da proximidade com o segundo turno das eleições, que ocorre neste domingo (30).
O diretor-geral da Polícia Federal também foi intimado para explicar em, no máximo, em quatro horas, a operação de combate a crimes eleitorais anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em seu Twitter.
O ministro disse: “Integração de 10 mil policiais federais com cerca de 500 mil agentes das forças de segurança estaduais, em prol de eleições limpas e seguras. Ontem, já apreendemos quase 5 milhões de reais em dinheiro”.
Na ação, a campanha do PT cita reportagens veiculadas recentemente que indicariam o aparelhamento das corporações a favor do presidente Bolsonaro. A defesa pediu providências para “verificar e obstar” possíveis interferências da PF e da PRF no processo eleitoral e Moraes atendeu.