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TSE cassa mandato do deputado Neri Geller, do PP, e o torna inelegível

Aliado de Lula, o ex-ministro é um dos principais interlocutores da campanha petista com o agronegócio

atualizado

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Divulgação/Câmara dos Deputados
Neri Geller, deputado federal do PP do Mato Grosso, enquanto discursa na tribuna da Câmara dos Deputados. Ele foi condenado a indenizar ex-marido de esposa - Metrópoles
1 de 1 Neri Geller, deputado federal do PP do Mato Grosso, enquanto discursa na tribuna da Câmara dos Deputados. Ele foi condenado a indenizar ex-marido de esposa - Metrópoles - Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Por unanimidade de votos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, na noite de terça-feira (22/8), o mandato do deputado Neri Geller (PP-MT) por abuso de poder econômico nas eleições de 2018. O parlamentar é acusado de fazer uma “triangulação de contas” para abastecer campanhas de deputados estaduais.

Essa manobra, segundo a denúncia, contou com a participação do filho de Neri, Marcelo Neri, e foi responsável pelo repasse de R$ 1,3 milhão a deputados estaduais, extrapolando o limite de gastos da campanha eleitoral de 2018.

Apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Geller é candidato ao Senado no Mato Grosso. Com a cassação, no entanto, ele ficará inelegível por 8 anos.

Ainda cabe recurso a ser apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão do TSE atinge em cheio a campanha de Lula. O petista tem no deputado um dos principais interlocutores com o setor do agronegócio.

Na aliança forma no Mato Grosso, Lula forçou apoio à candidatura de Geller ao Senado em detrimento de apoiar o nome de Natasha Slhessarenko (PSB), nome escolhido pelo partido de Geraldo Alckmin para a disputa.

Geller é um empresário do agronegócio e foi ministro da Agricultura do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

No TSE, o relator do processo, ministro Mauro Campbell, acatou a tese do Ministério Público Eleitoral, que identificou a “triangulação”  de contas.

“A movimentação financeira entre eles teve por escopo evitar que se evidenciasse a vinculação entre as doações e os recursos recebidos de pessoas jurídicas”, disse o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, no parecer enviado ao TSE.

Com a decisão do TSE, Gisela Simona (Pros) assume a vaga de Neri Geller na Câmara dos Deputados.

Recurso

Em sua conta nas redes sociais o deputado informou que irá apresentar recurso para tentar reverter a decisão. A defesa alega que a medida se deu sobre um pedido que sequer fazia parte dos autos do processo.

“O deputado federal Neri Geller foi cassado injustamente e prova irrefutável disso foi a decisão em cima de um pedido que sequer fazia parte dos autos”, manifestou a nota.

“Geller foi condenado por ser produtor rural e, por natureza intrínseca, vender soja e milho. A partir da decisão do TSE, a assessoria jurídica do parlamentar continuará trabalhando pelos meios judiciais cabíveis ao caso.”

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Fávaro disputa o controle do ministério com o deputado federal Neri Geller (PP-MT), que também faz parte da equipe de transição do governo
Lula fala durante comício em São Paulo
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Lula terá o apoio do deputado ruralista Neri Geller (no canto direito) e do senador licenciado Carlos Fávaro (à sua esquerda)

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Fávaro disputa o controle do ministério com o deputado federal Neri Geller (PP-MT), que também faz parte da equipe de transição do governo

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Lula fala durante comício em São Paulo

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