Travestis chegam à Câmara dos Deputados pela primeira vez na história
Ao menos duas mulheres trans e travestis foram eleitas neste domingo (2/10)
atualizado
Compartilhar notícia
Pela primeira vez na história, o país terá representantes travestis e transexuais na Câmara dos Deputados. Ao menos duas parlamentares formarão a bancada: Erika Hilton (PSol) e Duda Salabert (PDT). O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os resultados na noite neste domingo (2/10).
Hilton foi a nona mais votada em São Paulo com 256.903 votos. Em 2020, ela bateu o recorde de votação no país, quando concorreu como vereadora pela capital paulista. Durante o mandato, presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Duda Salabert (PDT) também teve uma votação expressiva nas últimas eleições municipais, se tornando a vereadora mais bem votada de Belo Horizonte. Em uma eleição cercada de violência, a transexual foi a terceira mais votada de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Neste domingo, a parlamentar foi à urna munida de um colete à prova de balas por causa de ameaças que tem sofrido.
A advogada Robeyoncé Lima (PSol) conquistou votos nominais suficientes para ocupar um lugar na Câmara pelo estado de Pernambuco. No entanto, por causa da lógica do sistema proporcional de votação, a vaga da Federação Brasil da Esperança foi preenchida pelo deputado federal Túlio Gadêlha (Rede), que recebeu mais votos. Em 2018, ela foi eleita deputada estadual em um mandato coletivo. Neste ano, ela concorreu em uma candidatura individual e teve 80 mil votos.
As representantes da comunidade LGBTI+ vão ocupar o cargo pelos próximos quatro anos.