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Torres diz que PF investigará “conluios” em institutos de pesquisa

Na terça-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse que encaminhou à Polícia Federal pedido de investigação

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Anderson Torres, ministro da Justiça, ao lado de Bolsonaro e de Celina Leão
1 de 1 Anderson Torres, ministro da Justiça, ao lado de Bolsonaro e de Celina Leão - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Durante coletiva de imprensa, após anúncio de aliança entre o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, afirmou que instaurou investigação sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Segundo o titular da pasta federal, a iniciativa visa identificar possíveis “conluios e associações”.

“Nada melhor que o inquérito policial para esclarecer se existe crime ou conluio entre algumas empresas associadas”, destacou o ministro, ao lado do mandatário da República.

Questionado sobre quais institutos serão investigados, Torres respondeu: “Vamos investigar tudo isso que tá aí. Não é um ou outro. A minha representação é para que Polícia Federal avalie tudo isso que está acontecendo nos institutos de pesquisa do Brasil”. O ministro ainda frisou que a denúncia partiu dele e foi motivada pelos números “discrepantes da realidade que se teve nas urnas”.

“O inquérito foi instaurado para esclarecer tudo isso. Tivemos números muito discrepantes da realidade nas urnas e precisamos saber se existem crimes por trás disso aí. Nada melhor que um inquérito na Polícia Federal para esclarecer o caso e para que a população brasileira possa exercer seu direito e para que pesquisas não direcionem votos”, pontuou.

Já o presidente Jair Bolsonaro acrescentou que a investigação visa “ver quem está pagando pelas pesquisas” e qual seria o interesse em custear esses levantamentos. Ele ainda acusou os supostos financiadores de “interferirem na democracia”.

“Você tem que ver quem está pagando aquela pesquisa e o interesse em pagar aquela pesquisa. Muitos eleitores diziam que não iam votar em candidatos que iam perder. Alguns votam dessa maneira ainda. Muitos votaram em que estava na frente para não ter segundo turno e botar um ponto-final […] A intenção é interferir na democracia”, disse Bolsonaro.

O governador Ibaneis Rocha também se manifestou a favor da investigação e classificou a atuação dos institutos de pesquisa como “criminosa”. O gestor direcionou críticas específicas ao Ipec – que, segundo ele, um dia antes da eleição, mostrou o também candidato ao governo do DF Izalci Lucas (PSDB) com um percentual que, na visão de Ibaneis, não poderia estar correto.

“É criminoso colocarem aqui, no dia da eleição, um candidato que teve 4% dos votos com 16%. Isso só pode ser crime. Ninguém da imprensa vai dizer que isso está correto. Não existe instituto de pesquisa sério que ratifique esses números. Isso não existe. Os institutos de pesquisa têm agido contra a democracia e merecem ser investigados e punidos”, disse Ibaneis.

Pedido de investigação

O ministro da Justiça, Anderson Torres, informou nesta terça-feira (4/10) que encaminhou à Polícia Federal um pedido para abrir investigação sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais do Brasil.

Nas redes sociais, Torres disse que o pedido atende a uma representação recebida pelo ministério. O documento teria apontado “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados”.

 

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