Ao parabenizar Lula, Temer fala que também tem sustentado pacificação
Em nota, ex-presidente Michel Temer cumprimentou o petista pela vitória e disse que agora “é hora de paz, equilíbrio e sensatez”
atualizado
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) cumprimentou, nesta segunda-feira (30/10), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no último domingo (30/10). Em nota, Temer diz que as eleições se processaram democraticamente e que agora “é hora de paz, equilíbrio e sensatez”.
“O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a quem cumprimento pela vitória eleitoral, fez ontem no seu discurso pregação pela unidade e pacificação do país, o que tenho sustentado ao longo do tempo em obediência à Constituição Federal”, escreveu o emedebista.
#democracia #eleicoes2022 #micheltemer #pacificacao pic.twitter.com/Fga4MBr9wT
— Michel Temer (@MichelTemer) October 31, 2022
No início de outubro, após o primeiro turno, Temer conversou por telefone com o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), quando teria dado, nas palavras de Bolsonaro, um “apoio velado” a ele.
Apesar disso, Temer publicamente se manteve neutro na disputa e disse que aplaudiria a candidatura que respeitasse seu legado.
Temer aguarda reaproximação
Ao longo do processo eleitoral, Temer ficou esperando um gesto de reaproximação do PT, que não veio. Além de não ter sido procurado pela campanha petista, o ex-aliado foi chamado de “golpista” em diversas ocasiões, a última delas pelo próprio Lula durante participação em debate da Rede Globo, realizado na sexta-feira (28/10).
Em nota, o ex-presidente rebateu: “Na verdade o que aconteceu no Brasil foi um ‘golpe de sorte’”, disse. Temer ainda previu que Lula iria “perder preciosos votos” por conta da afirmação.
No mesmo dia, Luciana Temer, filha de Temer reafirmou seu apoio ao candidato do PT à Presidência.
Segundo Luciana, o voto destas eleições não é sobre uma defesa de Lula e sim sobre um “modelo de sociedade” que contrapõe o presidente Bolsonaro.
“Muita gente me perguntando aqui se vou continuar a defender um homem que chamou meu pai, Michel Temer, de golpista em rede nacional. Quem me conhece sabe o quanto amo e admiro esse meu pai”, começa Luciana.
“Mas deixa eu explicar uma coisa para quem não entendeu: eu não defendo um homem, defendo um modelo de país, um modelo de sociedade, que não é possível definitivamente com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas e tem falas e atitudes racistas, machistas e homofóbicas”, afirma.