Tebet sobre ministério em governo Lula: “Não estou nessa por cargo”

Terceira colocada na disputa para Presidência da República, a senadora Simone Tebet (MDB) usou as redes sociais, nesta quinta-feira (20/10), para rechaçar a informação de que teria exigido o comando de um ministério em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem se aliou após o fim do primeiro turno das eleições.

A parlamentar declarou que “ninguém fala” por ela. “Nunca tratei desse assunto com o PT. Nunca falei com o presidente Lula sobre isso. Não estou nessa luta por cargo, estou pela democracia e pelo futuro dos nossos filhos. O importante é eleger Lula no próximo dia 30. O resto é coisa de quem não tem o que fazer”, publicou.

Um dia antes de negar ter negociado cargos com a campanha do petista, a ex-candidata a presidente participou de ato para pedir votos a Lula em Brasília. Na ocasião, Tebet fez um discurso direcionado às mulheres e carregado de críticas ao atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL).

Durante a fala, ela agradeceu os votos que recebeu na campanha e pediu apoio ao petista em defesa da democracia. No Distrito Federal, Tebet conquistou mais de 100 mil votos no primeiro turno.

“Eu tenho gratidão ao povo brasileiro. Esse povo trabalhador, que ama a democracia e que vai jogar para o lixo da história esse presidente insensível”, declarou.

Tebet também lembrou a entrevista que fez logo após o primeiro turno e disse que foi aconselhada por colegas de partido a manter a neutralidade. “Eu respondi imediatamente: ‘Vocês têm 48 horas para tomar uma decisão porque eu já tomei a minha’. O meu lado é o da democracia.”

E continuou: “Não existem dois candidatos neste segundo turno. Só tem um que é democrata, e ele se chama Luiz Inácio Lula da Silva”.

Lideranças

Participaram do evento o ex-candidato ao governo do DF, Leandro Grass (PV), o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSD), a senadora Leila do Vôlei (PDT), o deputado distrital Fábio Félix (PSol) e outras lideranças políticas.

Tebet ainda criticou Bolsonaro pela gestão durante a pandemia de Covid-19, a quem chamou de “desumano” e que “não tem empatia”. A senadora ganhou destaque na CPI da Covid no Senado, que investigou a atuação do governo frente à emergência de saúde.

“Estou aqui contra um presidente desumano, que não ama o povo brasileiro, não sente a dor das pessoas, que não tem empatia, que negou vacina ao povo brasileiro”, disse.

Ela aproveitou o evento para relembrar casos suspeitos de corrupção de Bolsonaro. “Ele vai perder o foro privilegiado. E aí, nós vamos estampar na testa dele a palavra ‘corrupção'”. “Foi o deputado das rachadinhas. É o presidente que comprou junto com a sua família mais de 50 imóveis, e grande parte deles com dinheiro vivo.”