Tebet diz ser “necessário” incluir Ciro em conversas sobre chapa única
Candidata do MDB defendeu a inclusão do nome do PDT para o Palácio do Planalto nas definições sobre nomes de consenso da terceira via
atualizado
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A pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), afirmou, nesta segunda-feira (25/4), que está disposta a incluir Ciro Gomes (PDT), também candidato ao Palácio do Planalto, nas conversas pela construção de uma chapa única para a chamada terceira via – alternativa aos nomes de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). A fala ocorreu em entrevista da senadora à RedeTV.
Durante sua participação na sabatina, Ciro foi o único presidenciável que Tebet poupou das críticas. A candidata disse, inclusive, ser “necessário” chamar o pedetista para as discussões que envolvem a criação de nomes de consenso entre o eleitorado.
“Não só é possível, como necessário. Acho Ciro Gomes um grande quadro, que tem a coragem de falar aquilo que pensa. Ele tem a grandeza de dizer e falar o que está em risco no Brasil. Ele explica e explica corretamente que PT e Bolsonaro são dois lados da mesma moedas e eles foram responsáveis por uma década perdida”, defendeu a parlamentar.
Em contrapartida, Tebet não poupou Lula e Bolsonaro das críticas. Para a emedebista, o liberal “testa a democracia”. “A democracia está sendo testada dia a dia pelo atual presidente da República, que estica essa corda, que instiga, provoca e fragiliza as instituições democráticas. Não é pouca coisa”, disse em alusão a Bolsonaro. Ao falar de Lula, o classificou como uma “incógnita”.
“Não sabemos que PT é esse e que Lula está vindo aí. É um Lula que acabou de sair de uma prisão, que se sente mártir de um processo político, que começa a radicalizar nas ideias. Que PT é esse e que Lula é esse que está vindo aí?”, indagou a senadora.
Sobre essa eventual chapa única da terceira via, a emedebista prometeu nomes “liberais na economia e progressistas na pauta de costumes”. “O que nos une é muito maior do que as nossas pequenas diferenças”, enfatizou.
“Esses partidos não estão unidos à toa. Há consciência e convicção de que a democracia brasileira merece nomes alternativos e alternativas viáveis. Segundo, há um consenso de que essa frente democrática tem uma responsabilidade muito grande com o Brasil: acabar com essa polarização ideológica, pacificar o Brasil e defender, acima de tudo, os valores das instituições democráticas”, prosseguiu a senadora.
“MDB raiz”
A senadora também foi questionada sobre a falta de consenso dentro do próprio partido sobre seu nome, e prometeu representar o “MDB raiz”. “Eu pertenço ao maior partido do Brasil, o partido que tem o maior número de prefeitos, vice-prefeitos, de vereadores e vereadoras, que tem mais de 2 milhões de filiados”, disse.
“O MDB que eu represento é aquele MDB raiz de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Mario Covas. Hoje o MDB se reiventa. O MDB que era aquele gigante adormecido, resolveu acordar diante das dificuldades e dos problemas graves que o Brasil está passando. Não tenho dúvidas de que hoje não temos unanimidade do partido, mas que chegaremos na convenção com essa unanimidade”, completou.
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