Tarcísio muda tom e promete “avaliar” uso de câmeras por policiais
Após dizer que “com certeza” acabaria com as câmeras corporais, candidato ao governo de São Paulo faz discurso mais ameno sobre a tecnologia
atualizado
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São Paulo – Tarcísio de Freitas (Republicanos) participou, na manhã desta sexta-feira (14/10), do evento de celebração do aniversário de 52 anos da tropa Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). O evento ocorreu na sede do 1° Batalhão de Polícia de Choque do Estado de São Paulo, localizado na capital paulista.
O candidato ao governo de São Paulo foi questionado pela imprensa sobre as câmeras corporais que os policiais militares atualmente usam.
“Primeiro, considero que hoje a câmera inibe o policial, ela tem atrapalhado a produtividade, mas isso é uma percepção. Caso eu seja eleito, vou chamar as forças de segurança, avaliar do ponto de vista técnico a efetividade ou não, e aperfeiçoamento na política pública”, respondeu.
O ex-ministro da Infraestrutura completou: “Não existe nenhuma política pública que não possa ser reavaliada, que não possa sofrer melhorias caso a gente avalie que está atrapalhando de maneira importante a produtividade. Mas é uma coisa que a gente vai discutir em conjunto com os especialistas”.
Retirada das câmeras
Em ocasiões anteriores, o candidato do Republicanos foi mais incisivo sobre ser contrário ao equipamento. Freitas chegou a dizer, categoricamente, que caso fosse eleito os policiais não precisariam mais usar a câmera acoplada à farda.
Durante entrevista ao Pânico, o apresentador Emílio Surita perguntou para Tarcísio referindo-se às câmeras nos uniformes: “Você vai tirar isso aí?”. O candidato a governador respondeu: “Com certeza”.
Confira:
As câmeras corporais foram adotadas em agosto de 2020, durante a gestão do ex-governador João Doria (PSDB). Desde a adesão dos equipamentos, a letalidade da polícia caiu 72% no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Diferentemente de Tarcísio de Freitas, Fernando Haddad (PT), adversário do ex-ministro no segundo turno, propõe expandir o uso da tecnologia nos uniformes policiais.
Palanque paulista
O candidato ao governo de São Paulo chegou depois do início da solenidade no batalhão da Rota e se juntou no palco ao atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) e ao prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Rodrigo também concorreu nessas eleições para governador, mas acabou o primeiro turno em terceiro lugar. Após a derrota, o tucano anunciou apoio ao seu adversário.