Sindicalistas vão ao MPT para discutir assédio eleitoral no trabalho
Representantes de seis centrais sindicais se encontra com o procurador-geral do trabalho, José de Lima Ramos Pereira, nesta quinta-feira
atualizado
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Os presidentes das centrais sindicais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força, União Geral de Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) irão ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pedir a punição e o aumento da fiscalização do assédio eleitoral no ambiente de trabalho.
Os sindicalistas irão se encontrar com o procurador-geral do trabalho, José de Lima Ramos. A reunião está marcada para acontecer nesta quinta-feira (15/9) no Ministério Público do Trabalho, em Brasília.
Os dirigentes das centrais sindicais afirmam que a pressão parte principalmente de empresários que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) candidato à reeleição.
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Além da pressão para apoiar a reeleição de Bolsonaro, os sindicalistas afirmam que os trabalhadores sofrem com perseguição, ameaças de redução salarial, retirada de direitos e benefícios, além do risco de demissão.
“Todo trabalhador e trabalhadora têm o direito de escolher livremente seu candidato e esse direito não pode ser violado por nenhum patrão, os sindicatos precisam combater e denunciar o assédio e a coação eleitoral no local de trabalho”, afirma o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre
Segundo os sindicalistas, há relatos de empresários que oferecem, ilegalmente, pagamento de “bônus” para o funcionário que votar em um candidato específico indicado pelos patrões.
Como os empresários não podem conferir o voto do trabalhador, condicionam o “extra” à vitória do candidato indicado.
As centrais sindicais relembram casos da última eleição, em 2018, quando empresários ligados ao presidente Jair Bolsonaro foram autuados e multados por assédio eleitoral após trabalhadores denunciaram estar sofrendo intimidações por parte das chefias para votar no atual chefe do Executivo.