Sem poder exibir 7/9, Bolsonaro acusa “mais uma interferência do TSE”
Plenário do TSE referendou liminar que proibiu presidente de usar imagens da comemoração da Independência em propagandas eleitorais
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, acusou novamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de interferir no governo, após decisão que o proibiu de usar imagens dos atos de 7 de Setembro em propagandas eleitorais.
“Mais uma interferência. Cada vez mais ações para prejudicar o governo de mostrar o seu trabalho. O povo foi pela Independência, mas foi também para ver o seu presidente, para ouvir o seu presidente. Essas imagens estão no Brasil todo e, ouso dizer, no mundo todo. Hoje, todos sabem do carinho que eu tenho por esse povo e do respeito também. E sabem que nós somos a única opção para o Brasil continuar avançando”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (14/9), durante agenda de campanha em Natal (RN).
Mais cedo, o plenário do TSE manteve liminar do ministro Benedito Gonçalves, que determinou, na noite de sábado (10/9), a retirada de imagens do 7 de Setembro da propaganda eleitoral do presidente e do seu candidato a vice, general Walter Braga Netto. Para o ministro, o uso das imagens “fere a isonomia”.
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“Essa propaganda proibida pelo TSE agora, repito, mais uma interferência. Uma imagem linda dessa multidão na Esplanada dos Ministérios, na Paulista, em Copacabana, em vários locais do Brasil, saudando os 200 anos da nossa Independência, saudando o seu presidente da República e dizendo: sim, queremos continuar, e vamos continuar acreditando em nosso país”, concluiu Bolsonaro.
Gastos de R$ 30 mil
A campanha de Bolsonaro gastou R$ 29,9 mil com os atos de 7 de Setembro. O valor foi declarado ao TSE nessa terça-feira (13/9).
Segundo o balanço enviado, R$ 7.920 foram utilizados pela campanha de Bolsonaro para o aluguel de 300 grades para os eventos em comemoração ao bicentenário da Independência.
Outros R$ 22 mil foram para captação de imagens dos eventos.
Ainda nesta quarta, a defesa de Jair Bolsonaro havia dito que “não houve usurpação ilegal, para fins eleitorais, das comemorações do Bicentenário da Independência”. O advogado do presidente também pediu a retomada das publicidades que continham trechos do desfile cívico na Esplanada. O plenário negou a solicitação.
Caso descumpra a medida, a campanha do presidente deverá pagar uma multa diária de R$ 10 mil.