Sem citar TSE, Bolsonaro diz que, se reeleito, não permitirá censura
Em comício, presidente criticou decisão da Justiça Eleitoral que concedeu direito de resposta para Luiz Ináco Lula da Silva na Jovem Pan
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (22/10) que, caso seja reeleito, não permitirá censuras no país. Sem citar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou o Supremo Tribunal Federal (STF), o candidato disse que, em um eventual segundo mandato, “haverá uma maior independência entre os Poderes”.
Durante comício eleitoral em Garulhos (SP), o atual titular do Palácio do Planalto criticou uma decisão do TSE que concedeu direito de resposta para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan.
“Tenho certeza, se Deus quiser, após o dia 30 de outubro, com a nossa reeleição, a questão da liberdade se acalmará em nosso país. Haverá maior independência entre os poderes. […] “Tenho certeza que, após as eleições, nenhum outro órgão de imprensa será atingido com censura”, afirmou Bolsonaro.
Entenda
Na segunda-feira (17/10), a Justiça Eleitoral acatou, por 4 votos a 3, um pedido de direito de resposta feito pela campanha de Lula em razão de comentários de apresentadores da Jovem Pan.
A defesa do petista reclamou de falas em que os comentaristas da emissora afirmaram que o petista “é responsável pelo período mais negro em termos de ética”; que “o petismo é uma escória de pilantras que afundaram o Brasil”; e em que chamaram o candidato de mentiroso e “descondenado”, em referência à anulação, por parte do STF, das sentenças que condenaram Lula na operação Lava Jato.
Além de garantir o direito de resposta, o TSE ainda decidiu que os comentaristas da emissora não devem reproduzir as mesmas falas, sob pena de multa.