Se não vencer no 1º turno, houve algo “anormal” no TSE, diz Bolsonaro
Presidente afirmou que suas andanças pelo Brasil apontam para vitória em primeiro turno. Declarações foram dadas em Londres
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que suas andanças pelo Brasil apontam para vitória em primeiro turno e que, em caso de derrota, é porque “algo de anormal” aconteceu dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pela realização do pleito e contabilização do resultado. O mandatário tem lançado dúvidas sobre o pleito desde 2021, antecipando possível contestação do resultado.
“Pelas minhas andanças pelo Brasil, em especial nos últimos dois meses, se nós não ganharmos no primeiro turno, algo de anormal aconteceu dentro do TSE”, afirmou o mandatário em entrevista ao SBT, exibida na noite de domingo (18/9).
Na mesma entrevista, Bolsonaro acrescentou que o “Datapovo”, demonstrado pelo apoio nas ruas, antecipa pelo menos 60% dos votos.
“Está bastante dividido, né? Muito mais favorável a mim. Eu digo, se eu tiver menos de 60% dos votos, algo de anormal aconteceu no TSE, tendo em vista, obviamente, o ‘DataPovo’, que você mede pela quantidade de pessoas que não só vão nos meus eventos como nos recepcionam ao longo do percurso até chegar ao local do evento”, completou.
As consultas de intenção de voto têm mostrado Bolsonaro na segunda colocação, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pesquisa Ipespe/Abrapel divulgada no sábado (17/9) aponta o petista com 45% das intenções de voto para a Presidência da República, ante 35% do atual titular do Palácio do Planalto.
Após pressão de Bolsonaro, a Justiça Eleitoral convidou as Forças Armadas para a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) e concordou em fazer um teste de integridade de urnas com participação de eleitores no dia da votação.
Comício
Horas antes da entrevista, Bolsonaro fez um comício para centenas de apoiadores da sacada da residência do embaixador brasileiro no Reino Unido, Frederico Arruda, pouco após o desembarque da comitiva presidencial brasileira em Londres. Na ocasião, Bolsonaro disse que será reeleito ainda no primeiro turno.
O presidente brasileiro participa do funeral da rainha Elizabeth II, ao lado de centenas de outros chefes de Estado.
Bolsonaro ficará apenas dois dias na cidade, em sua primeira viagem a Londres como presidente da República. Na tarde desse domingo (18/9), o titular do Palácio do Planalto visitou a Câmara Ardente do Parlamento inglês, onde assinou o Livro de Condolências da morte da monarca.
No fim da tarde do mesmo dia, o presidente seguiu para o Palácio de Buckingham. O rei Charles III recebeu, em evento especial, chefes de Estado de todo o mundo.
Na manhã da segunda-feira (19/9), Bolsonaro e mais outros 500 convidados – entre chefes de Estado, autoridades e famílias reais – sairão do Hospital Real, no bairro de Chelsea, para participar de outra solenidade. O local é uma construção histórica que servirá de concentração para o deslocamento dessas personalidades até a Abadia de Westminster, onde ocorrerá a cerimônia religiosa do funeral de Elizabeth II, às 11h (horário de Londres).
Após a celebração, Bolsonaro participará de recepção oferecida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, da Commonwealth e do Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly. No fim da segunda-feira (19/9), o mandatário brasileiro seguirá para Nova York, onde discursará na abertura da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).