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“Quem não deve não teme”, diz Mourão sobre ações contra pesquisas

Na quinta-feira (13/10), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Polícia Federal abriram investigações contra os institutos

atualizado

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, o General Mourão - Metrópoles
1 de 1 O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, o General Mourão - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Recentemente eleito para uma cadeira no Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou, na manhã desta sexta-feira (14/10), que “quem não deve não teme” sobre a abertura de inquérito contra os principais institutos de pesquisas eleitorais do país — Ipec, Datafolha e Ipespe.

“Quem não deve não teme! Se os institutos de pesquisa são realmente isentos e técnicos, por que não podem ter seus processos e resultados auditados?”, questionou o general pelo Twitter.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou, na quinta-feira (13/10), a abertura de inquérito contra os principais institutos por “infração à ordem econômica tipificada”.

No despacho, o Cade cita ausência de racionalidade frente aos resultados eleitorais, o que indica a possibilidade de “suposta conduta coordenada ou colusiva e também de efeitos unilaterais por parte dos institutos”.

Na disputa do primeiro turno, as pesquisas acertaram que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficaria à frente de Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial, mas houve um “erro estatístico” sobre o percentual ao candidato à reeleição. O Datafolha, por exemplo, divulgado em 1º de outubro, na véspera do pleito, publicou que Lula teria 50% dos votos válidos, enquanto Bolsonaro ficaria com 36%.

Polícia Federal

Também na “caça às bruxas”, a Polícia Federal abriu inquérito, na quinta-feira (13/10), a fim de investigar a atuação dos institutos de pesquisa nas eleições deste ano. A ação ocorre após o pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para apurar possíveis “conluios e associações” com o objetivo de prejudicar o pleito.

A PF confirmou à Agência Brasil que o processo vai investigar se as empresas trabalharam para prejudicar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha à reeleição. O inquérito será conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência do órgão no Distrito Federal.

Na última semana, Anderson defendeu a investigação. “O inquérito foi instaurado para esclarecer tudo isso. Tivemos números muito discrepantes da realidade nas urnas e precisamos saber se existem crimes por trás disso aí. Nada melhor que um inquérito na Polícia Federal para esclarecer o caso, para que a população brasileira possa exercer seu direito e para que pesquisas não direcionem votos”, declarou o ministro.

Os institutos têm sofrido uma série de críticas em razão da diferença entre as sondagens da véspera da eleição e os resultados do primeiro turno, no último 2 de outubro.

Na noite dessa quinta, no entanto, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, suspendeu o inquérito da PF e o procedimento administrativo aberto pelo Cade para investigar institutos de pesquisa. O ministro chamou asações de “evidente usurpação da competência” do TSE e apontou “incompetência absoluta” e “ausência de justa causa” da PF e do Cade.

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