metropoles.com

PT promete reverter reformas de Temer por apoio do PSol a Lula

As cúpula das duas legendas concordaram em tentar revogar mudanças feitas na Previdência, nas leis trabalhistas e acabar com teto de gastos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Redes Sociais
Em reunião, PT e PSol discutem apoio a Lula
1 de 1 Em reunião, PT e PSol discutem apoio a Lula - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em reunião nesta quarta-feira (9/3), as cúpulas do PT e do PSol discutiram o apoio do partido à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já no primeiro turno. De acordo com petistas presentes ao encontro, o conjunto de pontos apresentados pelo PSol estão de acordo com os planos para um eventual governo de Lula.

A tônica programática exigida pelo PSol inclui a revogação das mudanças constitucionais aprovadas no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu o poder após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.

O partido de Guilherme Boulos apontou como prioridade a reversão da reforma da Previdência, da reforma trabalhista e do limite de gastos por parte do governo, conhecido como teto de gastos.

A perspectiva de apoio a Lula no primeiro turno é ideia defendida pela maioria do PSol. Uma ala minoritária da legenda ainda defende o lançamento de um nome próprio no primeiro turno: o do deputado federal Glauber Braga (RJ). No entanto, essa tendência é minoritária dentro do partido.

Após a reunião, tanto a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), quanto o presidente do PSol, Juliano Medeiros usaram suas redes sociais para indicar a concordância, a princípio, com a coligação, já no primeiro turno. Medeiros falou em contrução de uma unidade na esquerda e avaliou: “Boas perspectivas”.

Gleisi Hoffmann, por sua vez, apontou a “convergência com pontos programáticos” e indicou futuras conversas para acertar as articulações políticas.

O encontro também serviu para que o PSol mostrasse sua contrariedade com a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (de mudança para o PSB), como vice na chapa de Lula. Além disso, o PSol deseja ter papel relevante na coordenação da campanha de Lula e acertou no encontro que o partido participará das discussões do progama de governo de Lula.

8 imagens
Em reunião, PT e PSol discutem apoio a Lula
No começo desta semana, a comunicação de Lula lançou o portal Lulaverso, com presença no WhatsApp, Telegram, Instagram, Twitter e TikTok
Guilherme Boulos diz que vice na disputa de 2024 será indicado pelo PT
Guilherme Boulos (PSol) durante encontro de partidos na eleição municipal de 2020
1 de 8

2 de 8

Em reunião, PT e PSol discutem apoio a Lula

Reprodução/Redes Sociais
3 de 8

Reprodução
4 de 8

No começo desta semana, a comunicação de Lula lançou o portal Lulaverso, com presença no WhatsApp, Telegram, Instagram, Twitter e TikTok

Fábio Vieira/Metrópoles
5 de 8

Guilherme Boulos diz que vice na disputa de 2024 será indicado pelo PT

Fábio Vieira/Metrópoles
6 de 8

Guilherme Boulos (PSol) durante encontro de partidos na eleição municipal de 2020

Gabriel Trevisan/Fotos Públicas
7 de 8

Guilherme Boulos (PSol), líder do MTST

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 8

Lula com Boulos e Manuela

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Participaram do encontro pelo PT, além de Gleisi, os deputados Paulo Teixeira (SP) e José Guimarães(CE). Pelo PSol, além de Medeiros, também estiveram presentes Guilherme Boulos (SP) e a líder do partido na Câmara, Talíria Petroni (RJ).

Confira a lista de exigências do PSol apresentadas ao PT:

  • Apoio à revogação das medidas implementadas após o golpe de 2016 (reforma trabalhista, reforma da previdência, Teto de Gastos) e também das normas infralegais que desmontaram diversos órgãos públicos, como o Ibama, Funai etc.
  • Enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética, defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, com respeito à natureza e garantia de direitos aos povos indígenas, tradicionais e quilombolas, utilizando empresas públicas como a Petrobrás e a Eletrobrás para pesquisa em novas matrizes energéticas.
  • Proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos dos super-ricos/bilionários, (como taxação de grandes fortunas e dividendos), com vistas a financiar um programa robusto de transferência de renda.
  • Promoção de políticas de participação popular direta. Adoção de medidas concretas para aumentar o controle social, transparência e combate à corrupção na gestão pública.
  • Ampliação do orçamento para saúde, educação, habitação, cultura e mobilidade, recuperando os níveis de investimentos em relação ao PIB anteriores ao golpe de 2016.
  • Desenvolvimento de um novo modelo de ocupação e uso da terra, urbana e rural, centrado na reforma agrária agroecológica, com políticas de abastecimento e fortalecimento da Conab, para combater a fome e alcançar soberania alimentar.
  • Fortalecer a luta por moradia com políticas de estímulo à reforma urbana.
  • Promoção de políticas de controle social sobre os monopólios da grande mídia com democratização do acesso à informação, facilitação de rádio difusão comunitária, expansão do acesso à internet de forma pública e gratuito para quem precisa.
  • Fortalecimento dos direitos das mulheres, incorporando programa de suporte para maternagem enquanto trabalho, inclusive para fins de aposentadoria; defesa dos direitos reprodutivos das mulheres e combate à violência de gênero.
  • Enfrentamento à violência policial e às políticas que levaram ao superencarceramento da população negra. Desenvolvimento de programas com a finalidade de acabar com o racismo estrutural no Estado e nas entidades de direito privado, como empresas, organizações sociais, dentre outras.
  • Promoção de políticas contra a LGBTIfobia e promoção da diversidades sexuais e de gênero, inclusive nas políticas educacionais e habitação. Fortalecimento da atenção a saúde da população LGBTI+, com ênfase no processo transexualizador, na política de HIV/AIDS e de saúde mental, com ações setoriais LGBTI no Ministério de Direitos Humanos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?