PT aprova ex-rival e ex-tucano Alckmin como vice na chapa de Lula
Nome do ex-governador foi aprovado, com divergências, por 68 a 16 entre petistas. Legenda também confirmou a formação de coligação com o PSB
atualizado
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Em reunião nesta quarta-feira (13/4), o PT aprovou, com 81% dos votos, o nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa a ser lançada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a disputa da Presidência da República. Além disso, o diretório nacional do partido aprovou a formação de uma coligação com o PSB para concorrer às eleições neste ano.
O nome do ex-tucano foi aprovado por 68 a 16 entre os petistas. Lula não participou, porque retornava de Brasília a São Paulo. Os votos contrários foram dados pela chamada ala de esquerda do partido, encabeçada por Valter Pomar e pelo deputado Rui Falcão.
O PSB chegou a ensaiar formar uma federação com o PT. No entanto, a ideia não prosperou após discussões sobre as chapas nos estados.
Uma das principais divergências se deu em São Paulo, onde o PT lançará o nome de Fernando Haddad ao governo do estado, e o PSB terá na disputa o ex-governador Márcio França.
Alckmin deixou o PSDB após 33 anos, partido pelo qual foi governador de São Paulo por quatro mandatos. Em 2006 e 2018, concorreu ao cargo de presidente da República, contra o PT. Ele aponta agora a necessidade de se formar uma frente ampla para derrotar o governo de Bolsonaro.
Em nota, o PT informou a aprovação dos seguintes pontos:
1) A formação de uma Federação de Partidos com o PCdoB e o PV;
2) As propostas de Estatuto e Carta-Programa da Federação, que serão apresentadas ao PCdoB e ao PV; e
3) A coligação nacional com o PSB para as eleições presidenciais, e o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa, que será encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira a nota divulgada pelo partido:
“A eleição presidencial deste ano colocará em disputa dois projetos muito claros: o da democracia e o do fascismo.
No polo democrático, é a candidatura de Lula, que tem reais possibilidades de aglutinar a maioria do sociedade em torno de um programa de enfrentamento e substituição das políticas neoliberais e privatistas, de reafirmação da soberania e das políticas de crescimento sustentável com justiça social, de resgate dos direitos e das conquistas da classe trabalhadora, de retomada dos direitos humanos, coletivos e individuais; enfim, um programa capaz de trazer paz e prosperidade para o povo brasileiro.
Nossa política de alianças e a tática eleitoral, que já estão em construção e serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional de 4 e 5 de junho, apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país.
Além de consolidar a unidade do campo popular, o PT deve buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais do campo democrático.
A coligação nacional com o PSB, que apresentou formalmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor a chapa como candidato a Vice-Presidente de Lula, será importante passo na direção almejada. Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social.
Neste sentido, o Diretório Nacional indica às delegadas e aos delegados que participarão do Encontro Nacional a aprovação desta aliança e desta composição de chapa”.