PSol reclama de chapa Lula-Alckmin: “Vice não pode ser um neoliberal”
As cúpulas das duas legendas se reunirão nesta quarta, em Brasília, para iniciar negociação sobre papel do partido na campanha de Lula
atualizado
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A notícia de que Geraldo Alckmin se filiará ao PSB e será candidato a vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida ao Planalto deste ano causou, nesta segunda-feira (7/3), profundo desconforto no PSol.
O assunto será um dos pontos de reclamação do partido de Guilherme Boulos (SP) na próxima quarta-feira (9/3).
O encontro, marcado para ser realizado em um hotel da capital federal, contará com a presença dos dirigentes nacionais dos dois partidos e é a primeira conversa de negociação para um possível apoio da legenda ao nome de Lula no primeiro turno.
“Queremos que Lula tenha um vice que não seja um neoliberal”, disse ao Metrópoles o presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros.
O partido ainda colocará na mesa de negociações o papel que deseja desempenhar na coordenação da campanha de Lula ao Planalto, e uma pauta de prioridades para o programa de governo. A lista deve incluir temas para a agenda ambiental, a revogação de reformas legislativas, como as trabalhista e da Previdência, e leis, como a que prevê o teto de gastos.
Ao falar da composição da chapa, Medeiros deixa claro que não é intenção do PSol ter a vaga de vice de Lula. Além disso, Medeiros não apontou possíveis nomes que seriam endossados pelo PSol em substituição ao nome de Alckmin.
Medeiros ainda apontou que a conversa significa o início de uma negociação, portanto, os pontos oferecidos “não representam reinvindicações”, e sim preocupação do PSol no sentido de saber qual será o papel do partido na campanha de Lula ao Planalto.
O PSol ainda não definiu se lançará um candidato ao primeiro turno da eleição presidencial ou se já apoiará Lula. Além disso, o partido tem o nome de Boulos, que concorreu à prefeitura de São Paulo e espera apoio de Lula na corrida pelo governo paulista. O ex-presidente quer Fernando Haddad como candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
“Teremos que saber qual será o papel do PSol na coordenação da campanha. O nosso apoio no primeiro ou no segundo turno ainda vai depender dessas negociações.”