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PSD de Kassab decide liberar diretórios estaduais para o segundo turno

A neutralidade entre Lula e Bolsonaro adotada pela sigla foi divulgada em comunicado à imprensa na noite desta terça

atualizado

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Ricardo Fonseca/MCTIC
Gilberto Kassab, presidente do PSD, durante coletiva de imprensa
1 de 1 Gilberto Kassab, presidente do PSD, durante coletiva de imprensa - Foto: Ricardo Fonseca/MCTIC

O PSD, partido de Gilberto Kassab, decidiu na noite desta terça-feira (4/10) liberar seus filiados para apoiarem quaisquer dos candidatos na disputa do segundo turno para a Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A neutralidade adotada pela sigla foi divulgada em comunicado à imprensa.

“O presidente nacional Gilberto Kassab realizou uma consulta às lideranças do partido que apontou a manutenção da neutralidade do PSD no segundo turno. As lideranças, parlamentares e filiados estão liberados para definirem seus apoios”, diz o documento.

A sigla segue o mesmo entendimento do PSDB, que decidiu liberar seus diretórios estaduais e filiados. Desta forma, os partidários de ambas as siglas podem escolher livremente qual dos dois candidatos que disputam a Presidência, em 30 de outubro, para apoiar.

Petistas buscam Pacheco

Os aliados de Lula estiveram reunidos com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça, para tentar viabilizar um apoio do PSD ao candidato durante o segundo turno. Segundo os parlamentares, há entendimento pela neutralidade que pode ser adotada por Pacheco para que o Congresso não se torne palco para candidatos.

O estado de Minas é o segundo maior colégio eleitoral do país. Nas eleições de domingo (2/10), o ex-presidentea briu uma vantagem de 563 mil votos sobre Bolsonaro  O cenário pode ser revertido no segundo turno. Isso porque o governador reeleito, Romeu Zema (Novo), declarou apoio a Bolsonaro.

Lula e Bolsonaro foram para o segundo turno com uma diferença de 6,1 milhões de votos, quantidade muito próxima à recebida por Zema em sua reeleição. O governador mineiro pode ser a diferença para eleger Bolsonaro, por exemplo, se for seguido pelos mineiros que lhe confiaram o voto.

Quando extraídos apenas os votos em Minas Gerais, Lula ganhou de Bolsonaro com uma margem apertada. A diferença foi de 563,3 mil votos, ou 4,69%, percentual reversível para o segundo colocado.

Cenário diferente de 2018, quando Bolsonaro venceu em Minas Gerais com larga distância de Fernando Haddad, candidato do PT à época. Há quatro anos, Bolsonaro teve 58,19% dos votos válidos em primeiro turno no estado e Haddad, 41,81%.

Na ocasião, a diferença de 16,38% não foi revertida no segundo turno. Bolsonaro se manteve vitorioso em Minas Gerais, com 55,13% dos votos. Haddad teve 44,87%. Foram 10,26 pontos percentuais de distância entre os dois.

Apoio no segundo turno

Até as 15h desta terça, Lula tinha o apoio de 14 partidos políticos, enquanto Bolsonaro havia feito aliança com quatro siglas. Doze siglas ainda não definiram quem apoiarão e outras duas se declararam “neutras”.

Das legendas que manifestaram apoio ao petista, 10 integram a coligação de Lula, chamada “Brasil da Esperança”, que tem PT, PCdoB, PV, Solidariedade, PSol, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros em sua composição. Dos quatro partidos que apoiam Bolsonaro, três são da coligação “Pelo Bem do Brasil”, que reúne PP, PL e Republicanos.

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