Preso, Faraó dos Bitcoins tem candidatura barrada pelo TRE-RJ
Glaidson Acácio dos Santos pleiteava o cargo de deputado federal pelo Democracia Cristã (DC) no Rio de Janeiro
atualizado
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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, indeferir o registro de candidatura de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins. Preso, Glaidson pleiteava o cargo de deputado federal pelo Democracia Cristã (DC).
Nesta segunda-feira (12/9), o desembargador Luiz Paulo Araujo, relator do processo, acatou o pedido do Ministério Público Eleitoral que pediu pela impugnação do registro.
O Faraó dos Bitcoins é acusado de liderar uma organização criminosa que teria montado um esquema de pirâmide financeira através de investimentos em criptomoedas.
A defesa argumentou que a atividade comercial do candidato não está tipificada na lei eleitoral, por isso, não poderia ser considerada prática criminosa. O TRE-RJ, no entanto, entendeu que as condutas de Glaidson “comprometem a moral e a ética jurídica”.
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A Corte também considerou que as atividades do Faraó podem produzir delitos equiparadas a crimes financeiros. “O próprio TSE já reconheceu a ilegibilidade de empresários que tiveram suas atividades equiparadas a empresas financeiras. Foi reconhecida a ilegibilidade a um operador de consórcio, que não é uma instituição financeira”, pontuou o relator.
Glaidson está preso desde 2021 por lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra o sistema financeiro nacional. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou um patrimônio de quase R$ 60,5 milhões.
Os bens são divididos em: R$ 450 mil em um apartamento e R$ 60 milhões em quotas ou quinhões de capital – uma declaração de empresas.